“Não houve fraude”: Secretaria do Meio Ambiente de Aparecida responde investigações da Polícia Civil
A Prefeitura de Aparecida é alvo de uma operação da Polícia Civil de Goiás (PCGO) que investiga possíveis fraudes em contratos públicos. De acordo com a PC, a Secretaria de Meio Ambiente teria firmado contrato irregular com uma empresa de Goiânia para fornecer kits de combate ao mosquito da dengue. Foram cumpridos oito mandados entre Goiânia, Aparecida e Abadia de Goiás.
A Operação Caviar da Dengue foi deflagrada pelo Grupo de Repressão a Roubos da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (DEIC/GARRA), na última segunda-feira, 21. O contrato foi firmado sem licitação e no valor de R$18 milhões. À época do início das investigações, a Prefeitura afirmou que o contrato foi firmado sem licitação, pois a empresa seria a única a fabricar e comercializar o material no estado.
Em coletiva de imprensa, Amanda Costa, atual secretária municipal de meio ambiente e sustentabilidade de Aparecida de Goiânia, afirma que o processo de contratação passou por todos os ritos procedimentais da Prefeitura: procuradoria, controle interno, fazenda entre outros. “Não houve fraude no processo, foi um processo legal”, reforçou.
A gestora da pasta explica que os kits que visam combater a proliferação da dengue atuam na reprodução do mosquito. O kit, cientificamente provado e já em uso pelo Ministério da Ciência e Tecnologia, faz com que o processo reprodutivo do Aedes aegypti só resulte em prole de machos. Importante ressaltar que apenas os mosquitos fêmea transmitem doenças como a dengue e a chikungunya.
Sobre a investigação, Amanda se mostra confiante sobre a legalidade dos contratos firmados e diz que a Prefeitura se coloca à disposição da Polícia Civil.
A vereadora Valéria Pettersen, que ocupou a gestão da pasta do meio ambiente e sustentabilidade de Aparecida durante a firmação do contrato em questão, também participou da coletiva de imprensa. Em sua fala, ela afirmou que os preços adotados estão em consonância com os da tabela nacional, e também reforçou a exclusividade da empresa contratada no ramo específico. “Não tem porque comprar de outra empresa”, explicou.
Por fim, a vereadora questiona o momento em que as investigações vieram a público, apontando possíveis perseguições políticas. Sem citar nomes, Pettersen diz que: “Aparecida tem alguns coroneis que acham que é assim: ou você atende os candidatos deles ou você vai ser perseguida politicamente”.
O nome da empresa e dos sujeitos investigados não foram divulgados e, por isso, a reportagem não conseguiu localizar as respectivas defesas.