Desde que assumiu o Governo, o Presidente Bolsonaro mostrou para o Brasil quem ele é: um parlamentar bruto, mal educado, adepto do bateu levou.
Se fosse uma campanha eleitoral normal, sem a facada que Bolsonaro recebeu, a prisão de Lula e a interferência direta do Ex-Juiz Sergio Moro entre outros fatores, certamente Bolsonaro não ficaria nem em quarto lugar nas eleições de 2018.
Bolsonaro já tinha histórico de falta de respeito, educação. Um exemplo foi quando disse à deputada Maria do Rosário “que ela era tão feia que não merecia nem ser estuprada.” Em 2016, Bolsonaro dedicou seu voto pelo impeachment de Dilma Rousseff à memória do coronel Brilhante Ustra, torturador da ditadura.
A falta de punição destes e outros atos de grosserias de Bolsonaro não receberam sequer uma repreensão, o que mostrou o quão pequenino era Bolsonaro. Pertencente ao baixo clero – deputados sem expressão e que só tem direito ao uso da tribuna nas segundas e sextas feira, quando quase todo congresso está fora de Brasília.
Mas Bolsonaro se agigantou e ganhou as eleições prometendo moralizar o Brasil e para isto convidou o ex-juiz Sergio Moro para o Ministério da Justiça- o juiz que só prende celebridades, fortes empresários, ex-politicos e políticos, passando uma mensagem de que Sergio Moro prenderia muito mais gente como ministro -, quando na verdade, ministro não prende ninguém. Também, muito bem assessorado, comprou briga com a Globo, mas, como estava internado para o tratamento da ferida, a Rede Globo era obrigada a falar de Bolsonaro todos os dias.
Com estilo “Bolsonarista” de ser, ao assumir a presidente da republica, Bolsonaro mais errou que acertou. Disse que iria montar uma equipe de ministros “ilustres” e comprometidos com o melhor para o Brasil.
Hoje, 30 meses passados o ministério de Bolsonaro na verdade são funcionários dedicados e defensores da forma Bolsonaro de ser. Nestes 30 meses de governo, Bolsonaro já trocou nada menos que 16 ministros. Bolsonaro também promoveu a dança das cadeiras, relocando 7.
Ao todo, Bolsonaro promoveu mais de 24 mudanças. Também recriou ministérios. Isto jogou por terra o discurso de campanha que enxugaria os ministérios, passando para apenas 15 ministérios. A forma mal educada e de falta de respeito por parte do presidente fez com que Vários ministros, deixassem o governo, depois de serem constrangidos por postagens nas redes sociais.
Hoje não existe mais independência e projetos ministeriais. Prova disto é o ministério da Saúde. Bolsonaro desautorizou publicamente Mandetta sobre os procedimentos a serem adotados contra a pandemia da covid 19 e a compra de vacinas.
Depois Bolsonaro convidou Teich que ficou menos de um mês, por entender que Bolsonaro precisava mais de um “menino de recados” que poderia ser manipulado, defendendo o kit de prevenção contra a covid, justificar a demora na compra das vacinas e negando a eficácia Assim Teich deixou o ministério da saúde por entender que não teria autonomia. Mas Bolsonaro precisava de alguém no ministério que fosse fiel as convicções do presidente, assim nomeou Pazuello, que em uma postagem disse “O chefe manda e agente obedece”. Total falta de compromisso com a saúde.
Mas por que será que Queiroga, um medico conhecido, aceita as ordens do Presidente? Inclusive agora que Bolsonaro não aceita a politica da necessidade de apresentar o comprovante das duas doses da vacina no desembarque internacional no Brasil. Queiroga inclusive repetiu a infeliz frase de que “é melhor perder a vida que a liberdade.” Frase de uma submissão nunca antes vista na historia do ministério da saúde.
O que prende Queiroga, então, sem poder? O atual ministro tem pretensões eleitorais na disputa de uma cadeira na câmara federal, e vê no eleitorado de Bolsonaro grande chance de ser eleito. Mesmo sem autoridade Queiro continua.
Já outro ministro, o da economia, Paulo Guedes, foi mais longe. Abandonou o discurso austero sobre as reformas e privatizações no País. Paulo Guedes nada faz sem a anuência e vontade de Bolsonaro. Guedes é um dos cordeirinhos bem amestrado pelo presidente. E assim, vai continuar a política dos ministros: “o chefe manda, a gente faz!” Um trágico e desnecessário fim.