Pesquisa publicada pelo data folha mostrou que mais de 60% dos eleitores temem ser vitima de algum tipo de violência no dia das eleições. A eleição é a festa da democracia, mas para um pequeno grupo simpatizantes do Presidente Bolsonaro é força, violência e guerra.
Reafirmo que é um pequeno grupo de simpatizantes do presidente que não aceitam uma possível derrota de Bolsonaro. A mobilização de 7 de setembro mostrou que a grande maioria deseja que o presidente seja reeleito em um processo democrático e de direito. No entanto este pequeno grupo levou para as ruas faixas com dizeres que confrontam com a democracia e o direito do livre pensar.
É estanho mas até a eleição de 2018 a bandeira era um símbolo nacional e estava presente em todo ato cívico, mas foi usurpada e virou bandeira de bolsonaristas, que pensam ser mais patriotas que todos. Muitos bolsonaristas disseram que o 7 de setembro foi um ato para todos os brasileiros e que quem não foi não deve reclamar. Mas se esqueceram que houve uma mobilização de apoiadores do presidente, nas redes sociais e outros meios de comunicação, para que mostrassem o poder do presidente.
Mas voltemos aos atos de violência e vandalismo. Esta é a preocupação de mais da metade dos eleitores brasileiros, inclusive bolsonaristas. Ontem (28/07) um vídeo foi divulgado onde um homem “lambe uma escopeta” – arma de grande poder – e anda pela cidade com a arma em punho gritando palavras antidemocráticas e ameaçando e estimulando seguidores do presidente a usar de força.
Já houve um tempo onde eleitores divididos, não por partidos, mas por ódio , assassinavam eleitores de outros partidos, isto na década de sessenta e setenta, quando havia uma disputa irracional entre os partidos ARENA, o partido dos militares, que permitiu a criação do MDB.
Hoje, em pleno século XXI, voltamos ao passado onde vemos o medo da morte no semblante dos brasileiros.
Com o medo, a tendência é uma abstenção recorde, inclusive já muitos eleitores estão transferindo títulos para cidades do interior onde a violência é muito menor. Assim, teremos a eleição da fome – onde candidatos oferecem uma vida muito confortável para eleitores de baixa renda, inclusive prometendo até pagar dividas inscritas nos órgãos de proteção de crédito – e a eleição do medo também.
Que o bom senso se faça presente no próximo domingo e que as eleições voltem a ser uma festa da democracia.