É comum que todo gestor, ao tomar posse, desde que não seja de continuidade, reclamar da herança maldita e nos primeiros seis meses do mandato e distribuir “saquinhos de maldades”. Porem Caiado foi muito além. Para se vingar dos antecessores começou punindo o funcionalismo público. Pagou o salário do mês de dezembro com quase um ano de atraso. Suspendeu os programas de incentivos fiscais. Criou uma delegacia para investigar crimes de corrupção, com o único objetivo de buscar erros de Marconi e equipe. Montou secretariado com pessoas que não conheciam e ainda não conhecem a realidade do Estado. Fortaleceu o Batalhão Rodoviário para cobrar impostos dos cidadãos.
Mas de todas as maldades o corte no repasse para as Universidades Estaduais com certeza foi a maior das maldades. Para isto, cortou 2% da verba destinada à educação, que era de 15% obrigatoriamente, e usou os 2% da UEG para complementar a verba. Um tiro no peito da educação de Goiás. Para que não houvesse protestos cooptou a Presidente do SINTEGO. Assim, passou batido o debate que a oposição propôs e a base governista aprovou o decreto, mesmo tendo sido suspensa a votação na ALEGO por duas vezes pela justiça por entender que o projeto era inconstitucional.
Caiado também mandou paralisar todas as obras no estado, pedindo a revisão dos contratos. Isto fez com que a malha viária do estado se transformasse em uma das piores do País. Na saúde, por pouco, o hospital materno infantil fecharia as portas.
Politicamente o Governador foi acusado por vários partidos de abandonar a aliança que o elegeu. O PTC, primeiro partido a declarar apoio ao governador, foi também o primeiro a ser expurgado da base. Uma fonte ligada ao PDT, outro alinhado de primeiro hora, disse que uma audiência com a Deputada Federal Flávia Moraes, por exigência de Caiado, só aconteceria se a deputada não levasse prefeitos. E assim foi com os demais partidos. Um deputado, hoje de oposição, disse que “o governador se alinhou aos adversários, dado a eles importante ajuda.
Neste primeiro ano de governo Caiado ainda nada fez, além de sucessivas viagens à Brasília forçando encontros com o Presidente. Em entrevista ao Jornal Argumento, o Deputado Federal Delegado Waldir do (PSL) desabafou dizendo que pediu publicamente perdão aos eleitores por ter pedido votos para o Governador. Disse ainda que nas próximas eleições tudo fará para que Caiado perca uma possível reeleição.
Agora Caiado anuncia mudanças no secretariado. Muito mais para se desfazer de quem segurou a crise do primeiro ano.
Dono de uma empáfia e arrogância exacerbada não ouve líderes políticos que tentam “ensinar” como se governa um estado, já que o Governador nunca foi gestor do menor município e a trajetória política de Caiado é de apenas denunciar, criticar e ameaçar.
Assim chega ao fim o primeiro ano de Governo de Caiado. Se fossemos escrever a história do Estado de Goiás com Caiado no comando, a primeira pagina ficaria em branco.