Falta de vacina contra a COVID 19, uma pena de morte imposta aos brasileiros.

 

Sempre disse, nos programas que apresento, que a saúde no Brasil é uma pena de morte, impiedosa, lenta e fatal. Me lembro de um caso no Hospital Materno Infantil, quando uma criança precisava de UTI e só conseguiu porque a outra criança faleceu. 

“A roleta russa dos hospitais”, impõem aos profissionais médicos escolherem quem tem mais chances de viver entre um grupo de doentes. Sempre foi e continuará sendo, mas a COVID 19 trouxe um numero altíssimo e assustador  de “pena de morte”. Não como aquela onde o condenado é  enforcado,  fuzilado ou recebe uma injeção letal,  o que não permite sofrimento ao condenado. Mas a pena de morte provocada pela COVID 19 é cruel e  vai matando aos poucos. Sem atendimento, o doente/condenado vaga de hospital a hospital, acompanhados por familiares e não em ambulâncias na esperança de encontrar uma vaga na UTI, o que fica mais difícil a cada dia.

Assim os familiares assistem a evolução letal da doença sem ter o que fazer, além de implorar pela vida de um filho, filha, pai, mãe, irmão, irmã e outros. O relato das mortes são sempre iguais, quadro grave e falta de vaga nos hospitais.  

Quem não encontra vagas nos hospitais passa a ser condenado a morte uma pena de morte  da forma mais cruel, fria e sem qualquer tipo de respeito. Já perdemos mais de 250 mil pessoas que tinham família, trabalho, vida! Só para se ter uma ideia 250 mil pessoas que morreram no Pais são mais de 78 prédios do Word trade center (torres gêmeas), é 714 mil vezes a represa igual ao rompimento da barragem de Brumadinho. É como se um milhão de aviões caíssem em um ano.  Todos estes relatos causaram comoção mundial. Então por que não combater este mal que dizimou quase que o mesmo total de pessoas com a explosão da Bomba Atômica, de Hiroshima e Nagasaki.  

É muito difícil entender que infectologistas e demais profissionais ligadas ao tratamento da COVID 19, são categóricos em afirmar que somente a vacinação em massa fará com que haja menos mortes e menos sofrimentos. Algo simples de entender, a exceção de um Presidente que acha que somos soldados em uma guerra e a morte do combatente é apenas mais uma baixa.

Nesta semana, depois que Lula foi considerado elegível (não fazendo comparação politica mas de atitude) Bolsonaro e o Ministro biônico disseram que em breve teremos  milhões de doses  das vacinas, mas não disse quantos milhões. Não disse o que significa “breve para ele;”

O erro do governo já matou mais de 250 mil pessoas e matará muito mais até que o quantitativo de vacinas for  suficiente para proteger os cidadãos desta doença letal para quem tem a variante mais agressiva. Até o filho do presidente, o senador Flávio Bolsonaro postou mensagem dizendo que “a vacina gera emprego.”

Foto avenida 24 de Outubro em uma terça feira as 14h00.

É sabido que o cidadão já não suporta mais ficar preso em casa, com a empresa fechada ou sem emprego, no isolamento social. Por isto mesmo correndo risco de serem contaminados ou  autuados e multados pelos fiscais, o grupo de pessoas saudáveis estão indo para o trabalho, como se bandidos fossem ao retomar o trabalho.

Nesta semana os representantes do setor de bares, hotéis e restaurantes anunciaram que demitiram em apenas um dia 6 mil funcionários, e vão demitir mais. Um levantamento  divulgado pela Fundação Getúlio Vargas, nesta semana,  mostrou que 4 milhões de postos de empregos foram perdidos em função da queda  da economia brasileira causada pela COVID 19. Neste mês de março a “gripezinha” completou um ano de matança. As mais de 250 mil  “mariquinhas” se foram.  

A “gripezinha”  já fechou milhares de estabelecimentos comerciais e industriais.  E o ministério da saúde que já deveria ter vacinado mais de 50% da população, está perdido sem um plano nacional de vacinação. Cada estado e município decide quem será vacinado. Enquanto você leu este artigo, ao menos 4 pessoas já morreram

Sair da versão mobile