O Brasil está doente!

Fazendo uma analogia da situação do País a um paciente, chega-se a conclusão de que o Brasil, principalmente no setor da economia, está doente ha anos e até hoje não se sabe o diagnóstico.

Toda doença segue o processo do diagnostico, utilização de medicamentos e a cura. Na economia aplicasse apenas medicamentos sem nenhum diagnostico e assim, as chamadas curas duram pouco tempo. Da redemocratização até hoje, vários especialistas tentaram a cura da economia sem saber o motivo das crises.

Ainda na ditadura, Delfim Neto, ministro da economia, já dizia que planejamento e uma forma planejar um dinheiro que o País não tem ou já gastou. Sarney criou o plano Sarney. Ao assumir, congelou os preços, criou a COAB – Companhia de abastecimento e preços – e mandou fechar supermercados que aumentassem o preço dos produtos, o resultado foi prateleiras vazias, lojas vazias e a chegada do superinflação de mais de 800% ao ano.

Ministro da fazenda de Sarney Mailson Danobrega acreditou que com o congelamento dos preços a inflação e os juros iriam descer ao patamar de 12% ao ano.  Mal sabia o ministro que a produção interna não atenderia o consumo e que o cidadão passou a ter um poder de compra maior. Só que não havia produtos à venda suficientes para atender a demanda. As pessoas tinham dinheiro mas não tinha produtos para comprar. Ai começou o ágio. Quem quisesse comprar um carro, por exemplo, tinha que entrar na fila ou pagar quase o dobro do preço,  uma vez que poucos automóveis tinham as concessionárias.  Difícil é acreditar em Mailson Danobrega, hoje comentarista de economia.

Collor de Melo assumiu dizendo que iria acabar com a inflação “com um tiro.” Mais uma vez sem fazer um diagnóstico da crise, congelou as contas bancarias de todos os Brasileiros. Abriu o mercado brasileiro para importação derrubando impostos, o que fez com que centenas de fabricas e indústrias brasileiras fechassem as portas porque não tinham condições de competir com os produtos muito mais baratos e de tecnologia mais avançada que a brasileira.  

O ex-presidente FHC, que nomeou para o ministério da Fazenda o economista Pedro Malan e Armirio Fraga (um especulador do mercado internacional) para a presidência do banco central.   Novamente aplicaram remédios sem saber ao certo como seria a reação do paciente. Criaram a URV, com paridade com o dólar, que posteriormente se transformou em real e lá se foi mais um remédio sem diagnosticar o doente. Durante um tempo com apenas um real podia-se comprar um quilo de frango. O próprio FHC foi a uma lanchonete e se serviu de um saboroso e completo café da manhã com apenas um real. Com o real valorizado a produção brasileira ficou muito cara para os importadores, e com isto houve uma queda significativa na exportação da produção brasileira. Aos poucos o real foi desvalorizado e a inflação voltou a subir. Quando FHF deixou a presidência o índice inflacionário bateu na casa dos 40% ao ano.  

Lula também se equivocou na política financeira. Acreditou que dar dinheiro para as classes mais baixas movimentaria a economia. Ledo engano. Enquanto nossas reservas eram utilizadas em projetos sociais, só com a porta de entrada, houve aumento no consumo e fez com que industrias brasileiras pudessem competir com alguns países.   Já Dilma Russef foi trágica e criou a maior crise financeira brasileira desde o plano Collor e Sarney.

Resumindo: O Brasil está doente e pela primeira vez conseguiu-se um diagnóstico para saber que tipo de medicamento deverá ser aplicado para a cura. Bolsonaro, ao que parece, entendeu a situação e começou a aplicar o remédio certo: as reformas. A reforma trabalhista, que flexibiliza relação entre patrão e empregado.    A da Previdência, que sangrava o bolso do governo, e, por consequência, do cidadão.   A reforma administrativa – ainda a ser aprovada –  que hoje leva mais de 70% da arrecadação em custeio da máquina e funcionalismo, se aplicada como está, irá tirar os altos salários e mordomias de alguns funcionários. Outra reforma também  importante é a tributária, diminuindo a altíssima carga de tributos que incide na da produção.

Este é o diagnostico: o país gasta muito para aplicar remédios que não curam a doença. As reformas sim e privatizações, farão com que a economia volte a crescer, mesmo diante de um quadro ainda grave.   

Sair da versão mobile