Os Fariseus, um grupo de pessoas que se achavam mais importante que Jesus, tinham como maior pecado a Hipocrisia: eles ensinavam a Lei, mas não praticavam algumas das mais importantes partes dela – justiça, misericórdia, fé em Deus.
Assim também podemos dizer a semelhança entre os Fariseus e os vereadores de Goiânia. Falam em nome do povo, fazem discursos inflamados, chegam a chorar ou mesmo se autoflagelar, em encenações dignas de até uma estatueta do Oscar.
Nos mais de 28 anos que faço a cobertura da casa municipal de leis, em muitos deles não nego que senti ataques de náuseas, ao vir o que se passava nas rodinhas de conversas entre vereadores que, longe do povo, defendiam interesses pessoais, arquitetavam planos para fazer negociatas, chantagear e outros adjetivos pejorativos que prefiro não repetir, em respeito à você que esta lendo este artigo.
Na Câmara Municipal poucos ou quase nenhum legislam para o cidadão. O interesse financeiro e o oportunismo político são mais o que buscam. Neste processo entra uma relação incestuosa e mórbida: buscam o poder pelo poder. Mas quando o assunto é o executivo são ferozes. Tentam fragilizar para depois barganhar.
Foto Davison Costa
Uma coisa é fato: na câmara municipal, ninguém confia em ninguém. Me lembro de uma eleição para a presidência da casa. Não havia consenso sobre um nome, então escolheram um parlamentar. E, para não haver traição, todos os vereadores passaram a noite juntos tentavam traição. Mas, como trair e aproveitar é a arte de grande parte dos parlamentares, na hora da votação escolheram Davison Costa, parlamentar do baixíssimo clero. Ou seja, vigiaram e mesmo assim foram traídos.
Vendidos para o Governo do Estado.
Em uma das últimas sessões para votar o reajuste do IPTU, o então governador Marconi Perillo entrou duro na disputa. Capitaneados Pelo ex-governador a maioria esmagadora votou pela derrubada do reajuste, impondo ao ex-prefeito Paulo Garcia um derrota implacável. A marcação do governo sobre os vereadores que um membro do Governo Estadual permaneceu todo o tempo da votação, acompanhando e informando cada voto ao então governador.
Dissimulados com IRIS REZENDE.
Tão logo assumiu a prefeitura, Iris Rezende Machado demitiu todos os funcionários da prefeitura, indicados por vereadores. Cortou as mordomias e impôs um duro processo de cortes de despesas. Nos dois primeiros anos, Iris sofreu todo tipo de maldade que se pudesse impor a um prefeito. Iris foi várias vezes prestar contas ao vereadores convidados por eles, numa demonstração de força do chamado Grupo G 14 – vereadores independentes e articuladores. Foram ataques diretos e desmoralizadores a Iris Rezende. Criaram uma CEI para apurar possíveis irregularidades na Saúde. Pediram a saída da secretaria e até falaram em “impeachment” de Iris.
Depois de dois anos e de Iris ter colocado as finanças em dia, tudo mudou. Os fariseus passaram a idolatrar o ex-prefeito. Em toda obra, inaugurada por Iris, lá estava uma legião de vereadores que até pouco tempo queriam tirar Iris do poder. Vereadores que faziam discursos inflamados contra Iris, estavam nas inaugurações com adesivo de Iris no peito.
Vereadores adotam o mesmo modos operantes para tentar Minar Rogerio Cruz.
No começo da gestão, do atual prefeito Rogerio Cruz, os vereadores fariseus não saiam um segundo do lado do Prefeito. Com a popularidade em alta por implantar o programa social que destina verbas para famílias mais carentes, lançar o programa de renegociação de dividas com a prefeitura, sem a necessidade de dar entrada no acordo, liberar verbas para projetos prometidos por Maguito Vilella e outras ações em defesa dos mais necessitados, Rogério Cruz era sinônimo de bom gestor, ótimo prefeito e até mesmo um estadista.
As poucos o Prefeito Rogerio Cruz começou a negar alguns pedidos de indicação, liberação de verbas e mais outros, que não atendiam a população e sim o interesse dos vereadores. Bastou deixar a porta do cofre fechada para negociatas, o chamado G 8 – um grupo antigo da casa parlamentar de Goiânia, começaram a liderar ações para atingir a figura de Rogério Cruz. E fizeram, até hoje, na historia politica de Goiânia, uma verdadeira “palhaçada” na questão do revisão das taxas do IPTU. Para tentar massacrar Rogério Cruz, tiveram vereadores que disseram ser traídos pelo prefeito por não lerem as regras do projeto. Ora, quando é que aconteceu um fato deste? Como não tinham outras táticas de tentar desgastar a figura do prefeito, sem se comprometerem, alardearam para os quatro cantos que foram “Traídos Pelo Prefeito.”? Traídos? Traidores foram os vereadores que desfrutaram das ações do Prefeito em favor dos mais necessitados. Está história de que assinou sem ler, é uma “piada” parlamentares leem a mão das pessoas, iguais a ciganas.
Ninguém na câmara municipal assina nada sem antes conversar exaustivamente com os grupos. Bastou a imprensa noticiar alguns casos onde houve um aumento maior do IPTU que era previsto, para que os vereadores fariseus abandonassem o Prefeito na típica situação onde os ratos são os primeiros a saírem.
Vereadores sempre se esquecem que vão precisar muito do executivo, com a liberação de obras e outros benefícios, no próximo ano eleitoral. E, por enquanto, para ter popularidade se apegam a questão do IPTU.
Na verdade são mesmos vereadores fariseus que sempre praticam a Hipocrisia. Alias a dissimulação é a maior bandeira que cada um carrega.
