Retorno das atividades na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), será em menos de duas semanas. Os próximos dias devem ser de trabalho e articulações para recomposição da base de sustentação ao governo de Ronaldo Caiado (DEM).
O líder do governo, Bruno Peixoto (MDB) encabeça os trabalhos da ala governista para que a base chegue a 25 deputados. Até o fim de 2020 Caiado contava com votos de 23 parlamentares e por isso enfrentou algumas dificuldades para aprovar algumas matérias importâncias para sua gestão.
Um dos nomes cotados para voltar a base do governo é o deputado Virmondes Cruvinel (Cidadania), que até aqui, afirma que segue com o posicionamento independente na Alego. Em entrevista ao Jornal Opção, ele disse que ainda não foi procurado pelo grupo caiadista, e que enquanto isso irá manter o seu posicionamento. “A gente tem procurado defender as bandeiras que são características do nosso mandato: educação, cidadania, serviço público. E dentro dessa linha nós temos mantido uma linha política independente dentro da Assembleia.”
Entretanto, estando ou não na base de apoio ao governador Ronaldo Caiado, o deputado diz estar aberto ao diálogo para avançar nas pautas importantes para Goiás. “Eu mantenho a linha para um diálogo de alto nível, sabendo que pautas importantes precisam ser discutidas neste momento. Então todas essas pautas que dizem respeito a essas prioridades, independente de ser ou não da base do governo, estarei pronto para ajudar, porque é importante para Goiás”, explicou o deputado, que tem como presidente estadual de seu partido o vice-governador Lincoln Tejota, o que é um facilitador para que ele volte a compor a base.
Influência das eleições de 2022
O início do último biênio também marca a aproximação das Eleições Estaduais, em 2022. Ouvidos pelo Jornal Opção, tanto o deputado Amilton Filho (Solidariedade) quanto Virmondes Cruvinel, acreditam que a aproximação do pleito pode trazer novidades e rearranjos dentro da Assembleia.
Amilton Filho cita o fim das coligações como fator preponderante para mudanças na Alego. “Nem todos os partidos irão conseguir formatar chapas, então certamente há uma dificuldade em relação a isso e pode haver uma forma de mudar a configuração partidária dentro da casa”, destacou Amilton.
Para Virmondes, 2021 será usado de preparação para o pleito do próximo ano. “Esse ano é de muita negociação e diálogo para avançar no período no ano da eleição”, analisou.
Comissões
Ainda há indefinições em relação aos nomes que irão presidir as comissões da Casa neste biênio. O único nome conhecido é o de Humberto Aidar (MDB), que será reconduzido à presidência da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
Presidente da Comissão de Defesa dos Direitos do Consumidor, Amilton Filho manifestou o desejo de permanecer à frente da comissão, o interesse é compartilhado por Virmondes Cruvinel, que está à frente da Comissão de Minas e Energia. As discussões para a escolha dos presidentes e membros das comissões da Alego devem se iniciar na próxima semana.