Congresso deve confirmar vitória do candidato do Governa à Presidência da Câmara Federal.

Arthur Lira (PP) e Rodrigo Pacheco (DEM), apoiados pelo presidente, lideram disputa na Câmara e no Senado e devem ser conduzidos à presidência

Depois de dois anos de inúmeros atritos com o Congresso Nacional, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) está prestes a conquistar a maior vitória de seu governo até aqui: a eleição de dois aliados para o comando da Câmara de Deputados e do Senado Federal.

Apoiados por Bolsonaro, Arthur Lira (PP) e Rodrigo Pacheco (DEM) são favoritos nas disputas pela presidência da Câmara e do Senado, respectivamente, e devem ter os nomes confirmados na noite desta segunda-feira, 1.

A vitória dos aliados pode garantir a Bolsonaro a inclusão de pautas prioritárias do governo federal para aprovação no Congresso, entre elas a proposta que amplia armamento da população e a prisão após condenação em segunda instância, e lhe assegurar a tão sonhada governabilidade.

Mas mais do que isso, a vitória deles é fundamental para frear as possibilidades de um processo de impeachment do presidente. Até o momento, 63 pedidos de impeachment já foram apresentados e aguardam análise do presidente da Câmara.

Toma lá dá cá

Na tentativa de construir essa nova relação com o Congresso, Bolsonaro não poupou esforços e utilizou da mais pesada artilharia: negocia a entrega de ministérios ao Centrão. Em articulação para a eleição de Lira, Bolsonaro estuda trocar o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, por algum integrante do Centrão. Além disso, o presidente cogita recriar três ministérios: o da Cultura, da Pesca e do Esporte.

Bolsonaro também acenou com dezenas de bilhões em emendas parlamentares. Exatamente a política do “toma lá dá cá” que o presidente tanto criticou em sua campanha eleitoral.

Com os amarres feitos, resta saber se Bolsonaro cumprirá as promessas e se os ventos do Centrão continuarão soprando em seu favor.

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