O sigilo da sindicância aberta contra o ex-ministro da Saúde e atual deputado federal Eduardo Pazuello (PL-RJ) deve ser liberado pelo Exército em até dez dias. Pelo menos essa é a determinação da Controladoria-Geral da União (CGU). O general da reserva foi alvo de um processo administrativo depois que participou, ao lado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) de um ato político no Rio de Janeiro.
Apesar do flagrante, o deputado foi absolvido das acusações, mas foi decretado sigilo sobre as apurações da investigação militar. O Código de Conduta Militar proíbe que oficiais participem de atos políticos, a não ser que tenham liberação prévia do comando da força.
E não é a primeira vez que a CGU tenta acesso ao processo contra Pazuello. Logo depois da abertura da sindicância pelo Exército, o órgão pediu que os dados fossem divulgados, o que foi negado pelos militares.
O argumento usado foi que as informações seriam pessoais e sem interesse público. Na época, a decisão dos militares de manter o sigilo foi respaldada pelo procurador-geral da República, Augusto Aras.