Um grupo de legisladores do Estado norte-americano de Nova York entrou em consenso com o governador Andrew Cuomo para permitir o uso legal e recreativo de maconha para adultos com mais de 21 anos.
O governador resistiu à ideia por muito tempo. Cuomo argumentava que a a maconha era uma “droga de passagem” para substâncias mais perigosas.
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O jornal New York Times teve acesso ao acordo. A nova legislação permitiria, entre outras coisas, a abertura de locais dedicados ao consumo e cultivo de até 6 pés de maconha para uso pessoal.
O projeto cita a legalização como uma forma de reparação dos danos causados às comunidades negras e latinas, mais afetadas por décadas de guerra às drogas.
Um dos pontos do texto prevê que milhões de dólares em receitas fiscais do setor de venda de maconha sejam investidos em áreas nas quais vivem essas comunidades. Ainda, que parte considerável das licenças emitidas para a comercialização da maconha seja para empresários dessa parcela da população.
“Uma porcentagem da receita arrecadada será investida nas comunidades de onde vêm e onde ainda vivem as pessoas que sofreram com o encarceramento em massa”, declarou a deputada Crystal Peoples-Stokes ao New York Times.
“Para mim, isso é muito mais do que aumentar a receita: é investir na vida das pessoas que foram prejudicadas.”
O texto está sendo revisado e deve ser votado na Assembleia Legislativa de Nova York na próxima semana. A expectativa é que o projeto seja aprovado, uma vez que a Casa tem maioria democrata –partido que encabeça a defesa pela mudança na lei.
A estimativa do governo de Nova York é que o Estado receba US$ 350 milhões em receita tributária anual com a legalização da maconha. Desse montante, 40% seriam direcionados a comunidades formadas por minorias, 40% para educação pública e 20% para tratamento, prevenção e educação contra as drogas.
“Quando este projeto for finalmente votado e assinado, Nova York poderá dizer que finalmente desfez as leis de justiça criminal prejudiciais que não fizeram nada além de arruinar a vida das pessoas”, afirmou a senadora estadual Liz Krueger.
“Finalmente poderemos dizer que teremos uma indústria de cannabis que garanta às pessoas que estão comprando um produto legítimo de empresas legítimas.”