Saúde de Goiânia sob ataque implacável
Grupo de Brasília, banca vinda de forasteiro para gerir orçamento de R$ 150 milhões mensais e mira negócios milionários
Gerir: esse é o nome chave para decifrar o embaraço que se implantou na Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia e que o prefeito Rogério Cruz não faz nem ideia do que esteja se passando sob seu nariz.
Na última semana o alcaide anunciou que o atual secretário, Durval Pedroso, será substituído pelo ex-secretário de saúde da cidade de São Paulo, Wilson Pollara dentro de 15 dias.
A vinda de Pollara para Goiânia foi urdida por um grupo em Brasília que congrega um ex-dirigente de uma televisão em Goiânia que se uniu ao controlador de uma OS que já operou fortemente em Goiás e outros estados e outros mentores financistas para colocar as mãos no orçamento de R$ 150 milhões que a SMS de Goiânia e gerir uma bolada de mais de R$ 1,8 bilhão ao ano. Tudo nas costas do dirigente nacional do Partido Republicanos, Marcos Pereira.
A malta decidiu fazer a “gata parir” com Durval Pedroso e ameaçou até divulgar fatos envolvendo seu irmão e cunhado em negócios na SMS. Fizeram alarde até sobre a gestão de um dirigente do Sindigoiânia na pasta e não faltaram ameaças para o próprio prefeito Rogério Cruz de ser colocado pra fora do Republicanos. Para gerir a empreitada se valeram do jogo de sedução para vereadores como a hiena que atrai o cervo para o abate.
Wilson Pollara esteve em Goiânia achando que ia começar a transição com Durval Pedroso. Ouviu um sonoro “calma lá, playboy” e ligou na mesma hora para David Correia, ex-controlador do Instituto Gerir, que chamou seu compadre Luciano para palavrear sobre o impasse com Durval Pedroso.
Para completar o condicionante do iminente assalto à SMS de Goiânia pesou o avanço do presidente da Câmara de vereadores de Goiânia, Romário Policarpo, que bancava Durval e pretende pular no colo da súcia candanga. O marqueteiro Jorcelino Braga faz cara de paisagem quanto ao imbróglio e não opina em nada por enquanto, até porque não sabe onde começa nem termina o buraco da SMS.
Wilson Pollara não sabe sequer onde fica o Cais Amendoeiras, não conhece as necessidades da saúde para a Região Noroeste de Goiânia, nunca viu uma vacina ser aplicada na capital goiana e sequer conhece a disparidade entre o número de habitantes e o de inscritos no SUS da cidade. Se soltá-lo no Jardim Curitiba sozinho ele é incapaz de chegar ao Parque Lozandes. Sua vinda para a SMS seria apenas para ser o operador de um grupo inescrupuloso que está pouco se lixando para a saúde da população goianiense e quer apenas gerir o milionário orçamento.