Saiba como o aumento de juros nos EUA e Brasil afeta a economia

Duas decisões anunciadas nesta quarta-feira, 4, têm impacto direto e prolongado sobre a economia brasileira. O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central e o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) definiram as novas taxas de juros básicas no Brasil e nos Estados Unidos. E, com a inflação galopando, tanto aqui como lá, o movimento é de alta.

No Brasil, a taxa básica, a Selic, passou dos atuais 11,75% para 12,75% ao ano. A dúvida é até onde vai esse ciclo de alta. A maior parte das instituições financeiras consultadas pelo Estadão/Broadcast prevê mais uma alta de 0,5 ponto nos juros, levando a Selic para 13,25% e parando aí. Mas essas previsões vêm subindo nos últimos meses, ao ritmo de uma alta de preços que não dá sinais de trégua. O banco Credit Suisse já fala em uma taxa de juros de 14%, para tentar controlar a inflação.

Nos EUA, a taxa de referência subiu 0,5 ponto porcentual, do atual patamar entre 0,25% e 0,5% ao ano para 0,75% a 1% ao ano, após a decisão do Federal Reserve anunciada nesta quarta. Comparado ao juro brasileiro, é um patamar ainda muito baixo. Mas o ponto é que o Fed está apenas no início do ciclo de altas. Os analistas projetam que essas taxas devem subir para patamares entre 3% e 3,5% ao ano. Mas não estão descartados números ainda maiores, se a inflação, que está nos patamares mais altos em 40 anos, não começar a ceder.


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