Eleições 2024: índice de abstenção em Goiânia está acima da média nacional
No cenário nacional, dos mais de 30 milhões de brasileiros que escolheram não participar do processo eleitoral, apenas 2.6 milhões justificaram a ausência por questões de distância do respectivo colégio eleitoral.
“Nós tivemos índice de abstenção que continua sendo alto para os nossos padrões”, disse a ministra Cármen Lúcia, presidente do TSE, em balanço das eleições na noite de ontem, 6.
Histórico
O índice nacional de abstenções neste pleito ficou atrás apenas do registrado durante as eleições municipais de 2020, que aconteceu durante a pandemia da Covid-19. Nessa época, a abstenção nacional chegou a 23,15%.
Em 1989, no primeiro pleito após a redemocratização, a taxa de abstenção era de 11,9% e seguiu próximo desse patamar no pleito seguinte. Em 1998, houve salto para 21,5% a porcentagem dos eleitores que se abstiveram do voto. De acordo com informações da Agência Senado, esse número cresceu ininterruptamente no país desde 2006, com o auge durante a pandemia.
Em 2018, na disputa entre Fernando Haddad (PT) e Jair Bolsonaro (PSL), a abstenção alcançou a margem dos 20,3%. Em 2020, no primeiro turno a porcentagem foi de 23,1% e, no segundo turno, quase chegou a 30%. Já em 2022, o 1° turno bateu 20,9% de abstenção, ou seja, dois milhões a mais de pessoas do que nas últimas eleições para presidente, em 2018.
Importante lembrar que no Brasil o voto é obrigatório e o não comparecimento (sem justificativa) acarreta implicações legais ao eleitor.