No cenário nacional, dos mais de 30 milhões de brasileiros que escolheram não participar do processo eleitoral, apenas 2.6 milhões justificaram a ausência por questões de distância do respectivo colégio eleitoral.
“Nós tivemos índice de abstenção que continua sendo alto para os nossos padrões”, disse a ministra Cármen Lúcia, presidente do TSE, em balanço das eleições na noite de ontem, 6.
Histórico
O índice nacional de abstenções neste pleito ficou atrás apenas do registrado durante as eleições municipais de 2020, que aconteceu durante a pandemia da Covid-19. Nessa época, a abstenção nacional chegou a 23,15%.
Em 1989, no primeiro pleito após a redemocratização, a taxa de abstenção era de 11,9% e seguiu próximo desse patamar no pleito seguinte. Em 1998, houve salto para 21,5% a porcentagem dos eleitores que se abstiveram do voto. De acordo com informações da Agência Senado, esse número cresceu ininterruptamente no país desde 2006, com o auge durante a pandemia.
Em 2018, na disputa entre Fernando Haddad (PT) e Jair Bolsonaro (PSL), a abstenção alcançou a margem dos 20,3%. Em 2020, no primeiro turno a porcentagem foi de 23,1% e, no segundo turno, quase chegou a 30%. Já em 2022, o 1° turno bateu 20,9% de abstenção, ou seja, dois milhões a mais de pessoas do que nas últimas eleições para presidente, em 2018.
Importante lembrar que no Brasil o voto é obrigatório e o não comparecimento (sem justificativa) acarreta implicações legais ao eleitor.