Eleições 2024: índice de abstenção em Goiânia está acima da média nacional

Dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mostram que o absenteísmo no primeiro turno das eleições municipais de 2024 chegou na casa dos 21,71% do eleitorado. Considerando que mais de 120 milhões de brasileiros compareceram às urnas dos 5.569 municípios do país, representando um total de 78,29% do eleitorado, se formos considerar as abstenções, são mais de 30 milhões de brasileiros que não foram votar no 1° turno neste domingo.Importante lembrar que votos nulos e brancos não contam como abstenção, já que, para optar por alguma dessas duas possibilidades, é necessário ir até o colégio eleitoral. Os índices de abstenção, portanto, falam apenas daqueles que não compareceram às urnas neste domingo, 6.
Em Goiânia, foram 28,23% do eleitorado que escolheram não participar do pleito. Esse número representa mais de 290 mil abstenções, número superior aos votos recebidos pelo primeiro colocado. Menos de três quartos do eleitorado goianiense participou deste 1° turno, um total de 71,77% dos eleitores na capital goiana. Os índices de abstenção em Goiânia estão acima da média nacional, o que reflete maior descrença desse eleitor com os candidatos apresentados ou com o processo político como um todo. 

 

No cenário nacional, dos mais de 30 milhões de brasileiros que escolheram não participar do processo eleitoral, apenas 2.6 milhões justificaram a ausência por questões de distância do respectivo colégio eleitoral.

“Nós tivemos índice de abstenção que continua sendo alto para os nossos padrões”, disse a ministra Cármen Lúcia, presidente do TSE, em balanço das eleições na noite de ontem, 6.

Histórico 

O índice nacional de abstenções neste pleito ficou atrás apenas do registrado durante as eleições municipais de 2020, que aconteceu durante a pandemia da Covid-19. Nessa época, a abstenção nacional chegou a 23,15%.

Em 1989, no primeiro pleito após a redemocratização, a taxa de abstenção era de 11,9% e seguiu próximo desse patamar no pleito seguinte. Em 1998, houve salto para 21,5% a porcentagem dos eleitores que se abstiveram do voto. De acordo com informações da Agência Senado, esse número cresceu ininterruptamente no país desde 2006, com o auge durante a pandemia.

Em 2018, na disputa entre Fernando Haddad (PT) e Jair Bolsonaro (PSL), a abstenção alcançou a margem dos 20,3%. Em 2020, no primeiro turno a porcentagem foi de 23,1% e, no segundo turno, quase chegou a 30%. Já em 2022, o 1° turno bateu 20,9% de abstenção, ou seja, dois milhões a mais de pessoas do que nas últimas eleições para presidente, em 2018.

Importante lembrar que no Brasil o voto é obrigatório e o não comparecimento (sem justificativa) acarreta implicações legais ao eleitor.

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