Liminar concedida pela Justiça Federal do Distrito Federal impede que o senador Renan Calheiros (MDB) tome posse como relator da CPI da Covid-19. A ação foi representada pela deputada Carla Zambelli (PSL-SP), aliada do presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido).
Na semana passada, o parlamentar havia advertido sobre publicações de Eduardo Bolsonaro contra sua relatoria nas redes sociais: “O governo devia estar aproveitando esse tempo para se preparar para, na Comissão Parlamentar de Inquérito, demonstrar definitivamente que não errou e que, portanto, não tem responsabilidade”.
Para justificar o pedido, Zambelli usou o fato de Calheiros é pai do governador do Alagoas, Renan Filho.
A instalação da CPI ocorre nesta terça-feira, 27, quando será escolhido presidente e vice-presidente. Calheiros já estava praticamente confirmado como relator, já que o integrante do partido com maioria das cadeiras deve ficar com a relatoria e o MDB corresponde à maior em bancada.
Omar Aziz (PSD-AM), da segunda maior bancada, era previsto como presidente e Randolfe Rodrigues (Rede-AP) como vice. O último foi autor do primeiro requerimento pela criação desta CPI.