Lulinha chega a fim de inquérito de violência doméstica sem nenhum indiciamento

A Polícia Civil do estado de São Paulo (PC-SP) concluiu inquérito que investigava denúncia de violência doméstica contra a ex-companheira de Luis Cláudio Lula da Silva, filho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ao fim da investigação, os policiais afirmaram que não há indícios suficientes que comprovem as agressões físicas e verbais denunciadas por Natália Schincariol, médica e ex-companheira de Lulinha (como é conhecido o filho do Chefe do Executivo).

O inquérito foi concluído nesta segunda-feira, 15, e encaminhado para o Ministério Público, que pode arquivar o caso, solicitar mais investigações ou até mesmo formalizar a denúncia contra o filho de Lula, caso julguem suficientes as provas apresentadas. Vale destacar que o parecer do delegado não tem influência direta na decisão do promotor.

As investigações da polícia não constataram nenhuma lesão corporal. Os exames de corpo delito não foram realizados pois muito tempo havia passado entre janeiro e abril, e ambos disseram ter sido uma cotovelada acidental durante uma briga, onde os dois disputavam um telefone celular. A alegada violência psicológica também não ficou clara aos investigadores.

Ainda segundo a Folha, as trocas de mensagens entre os dois só comprova uma separação conjugal com questões patrimoniais a serem resolvidas. Natália disse que as ofensas relatadas no boletim de ocorrência só aconteciam de forma verbal.

Em suas redes sociais, a médica publicou em abril: “Uma mulher que tem muito a falar e ninguém mais vai me conter. Médica, psicanalista, estudante de psiquiatria. Empresária, dona do próprio instituto de saúde mental”. Segundo a ex-companheira de Lulinha, após a denúncia, ela começou a sofrer ataques e represálias nas redes sociais digitais.

Relembre o caso 

Em abril deste ano, Natália, de 30 anos, registrou uma denúncia de violência doméstica contra Luis Claudio Lula da Silva, de 39. No documento, ela afirmava ter sido vítima de violência física e verbal por parte do ex-companheiro. Na época, foi concedida uma medida protetiva a favor da médica. No boletim eletrônico, a médica afirma ter sofrido uma cotovelada na barriga durante uma discussão em janeiro deste ano, além de constantes ataques verbais.

“Doente mental”, “feia” e “vagabunda” seriam algumas das ofensas do caçula do presidente a sua ex-mulher. Segundo relatos apresentados pela Folha de São Paulo, Natália chegou a ser internada com crises de ansiedade devido às agressões psicológicas. A médica afirmou temer por sua integridade física e psicológica, além de dizer que não denunciou Lulinha antes por sofrer ameaças e manipulações.

Natália anexou documento de sua internação por questões ligadas às crises de ansiedade no inquérito da PC-SP. O documento deve ser analisado pelo MP-SP. As duas testemunhas que seriam apresentadas, não foram, após desistência da médica.

Repercussão

Na época das denúncias, políticos de oposição a Lula fizeram críticas ao silêncio do presidente e de seus aliados sobre o caso. A senadora e ex-ministra de Bolsonaro, Damares Alves (Republicanos), e a deputada federal e esposa de Sérgio Moro, Rosângela Moro, questionaram os defensores do petista.

Luís Cláudio negou qualquer tipo de violência contra a ex-companheira. À UOL, o filho caçula de Lula disse que “jamais agrediria” Natália e que “desde o término do relacionamento, em janeiro deste ano, sempre fui muito atencioso com ela. Nunca chamei ela destes nomes todos que ela diz. Vou provar minha inocência”.

Sair da versão mobile