O estudo da Oxfam foi publicado junto da realização da reunião do G20, que deve discutir com prioridade a implantação de um imposto global sobre os multimilionários. A proposta é defendida pelo Brasil, que atualmente preside o G20, pela Colômbia, África do Sul, França, Espanha e pela União Africana. Os Estados Unidos rejeitou o projeto.
Em diversas ocasiões, o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e seu ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defenderam a taxação dos super ricos como forma de lutar contra as mudanças climáticas advindas do aquecimento global, e também de combater as desigualdades sociais que levam à fome e à miséria globalmente.
“Os super-ricos pagam proporcionalmente muito menos em impostos do que a classe trabalhadora”, disse Lula, na última quarta-feira, 24. Haddad, em fevereiro deste ano, afirmou que “apesar dos recentes avanços, é inquestionável que os multimilionários do mundo continuam a fugir aos nossos sistemas fiscais através de uma série de estratégias”.
Com base em dados do Observatório Fiscal da União Europeia, a ativista afirma que a taxa de impostos atual equivale a menos de 0,5% da riqueza dos bilionários e que “suas fortunas cresceram em média 7,1% ao ano nas últimas quatro décadas”. Com o intuito de equilibrar minimamente as desigualdades sociais no mundo, seria necessário um imposto anual sobre a riqueza líquida desse grupo de, no mínimo, 8%. Nesta semana, acontecem reuniões importantes para discutir o tema. O encontro de dois dias do G20, no Rio de Janeiro, e a 1ª reunião de ministros de finanças e presidentes de bancos centrais, em São Paulo.