Se as eleições fossem hoje, Lula venceria Bolsonaro, mostra pesquisa XP/IPESPE.

Levantamento realizado pela XP/Ipespe e divulgado nesta 2ª feira (5.abr.2021) mostra que, a cerca de 1 ano e meio da eleição presidencial de 2022, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente Jair Bolsonaro permanecem tecnicamente empatados na liderança, mas agora com o petista numericamente à frente.© Sérgio Lima/Poder360 31.03.2021 Presidente Jair Bolsonaro durante pronunciamento sobre a renovação do auxilio emergencial por mais quatro meses, no Palácio do Planalto

A pesquisa foi realizada de 29 a 31 de março com 1.000 pessoas em todas as regiões do Brasil. A margem de erro é de 3,2 pontos percentuais para mais ou para menos. Eis a íntegra (4,4 MB).

Lula tem 29% das intenções de voto ante 28% de Bolsonaro. No levantamento anterior, Lula tinha 25%, e Bolsonaro, 27%.

Nas simulações de 2º turno, Lula também está numericamente à frente de Bolsonaro, com 42% a 38%. No último levantamento da XP, feito no início de março, Bolsonaro tinha 41% e Lula, 40%.© Fornecido por Poder360

O levantamento também mostra, no mesmo período, a continuidade na trajetória de alta da rejeição ao governo de Jair Bolsonaro. São 48% os que consideram o governo ruim ou péssimo, três pontos percentuais a mais que o levantamento anterior.

Além disso, oscilou de 39% para 27% a proporção dos que veem o governo como bom ou ótimo. A diferença de 21 pontos percentuais entre os que têm avaliação negativa e os que têm avaliação positiva é a maior desde maio do ano passado.

Essa é a segunda rodada da pesquisa divulgada pela XP depois da decisão proferida por Edson Fachin, ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), que anulou na últimano dia 8 de março todas as decisões tomadas pela 13ª Vara de Curitiba nas ações penais contra o ex-presidente Lula.

No levantamento de fevereiro, Bolsonaro liderava com folga o cenário eleitoral do 1º turno de 2022. Tinha 28% das intenções de voto, contra 12% de Fernando Haddad. Agora, Bolsonaro está tecnicamente empatado com Lula na 1ª posição.

Os dois são seguidos por Sérgio Moro (9%) e Ciro Gomes (9%). Depois aparecem Luciano Huck (5%), João Doria (3%), Guilherme Boulos (3%) e Luiz Henrique Mandetta (3%).

PODERDATA

As taxas de aprovação (33%) e rejeição (60%) reveladas pelo Ipespe se assemelham aos dados apresentados pelo PoderData, no levantamento realizado de 29 a 31 de março.

A divisão de estudos estatísticos do Poder360 perguntou o que os entrevistados se eles “aprovam ou desaprovam o governo do presidente Bolsonaro”.

O levantamento do PoderData (do dias 29 a 31 de março) mostrou que 59% dos entrevistados “desaprovam”. Já no estudo do Ipespe, 60% fizeram essa afirmação ao serem questionados sobre a maneira de Bolsonaro administrar o país.

Ainda de acordo com a XP, 33% dos entrevistados aprovam a maneira de Bolsonaro administrar o país. Esse foi o mesmo número levantado pelo PoderData.

Caso fossem comparáveis, as taxas estariam cruzadas, dentro da margem de erro dos estudos.© Fornecido por Poder360

SEGUNDO TURNO

O estudo da XP/Ipespe também consultou os entrevistados sobre um eventual 2º turno entre Bolsonaro e Lula. Nesse cenário, também aparecem empatados na margem de erro: Lula tem 42% das intenções de voto e Bolsonaro, 38%. Mantêm-se o empate registrado na última pesquisa da empresa que mediu 2º turno entre Lula e Bolsonaro, em março de 2021. Na ocasião, o atual presidente tinha 41% contra 40% de Lula.

Em uma das simulações, Lula vence Sergio Moro, 41% contra 36%. Nos outros cenários de 2ª turno, Bolsonaro aparece empatado tecnicamente com Sergio Moro, ambos com 30%, com Ciro Gomes, os dois com 38%, com Luciano Huck, o atual presidente com 35% e o apresentador com 32%. Bolsonaro venceria Guilherme Boulos e João Doria.© Fornecido por Poder360

Cenário 1

Cenário 2

Cenário 3

Cenário 4

Cenário 5

Cenário 6

Cenário 6

RISCO COM A COVID-19

O levantamento também mostrou que caiu de 61% para 58% os que avaliam como “ruim” ou “péssima” a atuação de Bolsonaro no combate ao coronavírus.

Em meio aos maiores números de mortes diárias já registrados desde o início da crise sanitária, subiu de 49% para 55% os que dizem que estão com muito medo da pandemia. Já 17% afirmam não estar com medo, mesmo número do último levantamento. Sobre a imunização, aumentou em três pontos percentuais, de 77% para 80%, os que dizem que com certeza irão se vacinar. A variação está dentro da margem de erro da pesquisa.

© Fornecido por Poder360

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