Em sessão ordinária nesta quarta-feira, 28, antes da decisão da Prefeitura de Goiânia, o presidente da Casa, Romário Policarpo (Patriota), chamou o Executivo de “incompetente” ao comunicar que os vereadores não votariam ainda em 2022 o texto sem saber para que o dinheiro seria usado.
“[A Casa] não vai votar este ano por incompetência da própria Prefeitura que deveria ter feito a previsão na Lei Orçamentária. Esse aporte à Comurg foi enviado sem a justificativa clara do destino do recurso. Estamos falando de uma verba volumosa. Estamos prontos para votar essa matéria, inclusive de forma extraordinária, no domingo [1º], desde que seja necessária”, esclarece.
Apesar disso, Policarpo assegurou que não havia crise institucional entre os poderes Legislativo e Executivo. “Existe uma divergência de ideias, da forma de administrar e da forma de conduzir. Alguns secretários do prefeito ainda não entenderam a relação com a Câmara. É difícil extrair de alguém que nunca disputou uma eleição qualquer convívio político”, alfineta.
Após discurso acalorado, Policarpo ainda afirmou que o projeto só deveria entrar em votação no ano que vem, já que o rito determinado pelo regimento prevê no mínimo quatro dias para o trâmite de proposituras, com passagens pelas comissões e duas votações em plenário.
Diligências
Presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJ), o vereador Henrique Alves (MDB) informou que o colegiado iria solicitar à prefeitura informações acerca das justificativas para concessão do valor à companhia. “Por unanimidade, os membros da CCJ entenderam que há necessidade da prefeitura prestar mais informação a respeito da destinação da cooperação de R$ 30 milhões à Comurg”.