Busca por ajuda contra drogas e álcool cresceu quase 400%

Ultrapassar a linha tênue que há entre consumo recreativo e a dependência de álcool e drogas, não se trata de apenas um passo, mas na maioria das vezes é um caminho sutil que leva do lazer e enfermidade. No último ano um número significativo de pessoas se viram em uma situação de abuso de substâncias químicas e precisaram a recorrer à ajuda do SUS para receber um tratamento adequado.

Um levantamento do Ministério da Saúde, mostra que os atendimentos a pessoas com transtornos mentais e comportamentais devido ao uso abusivo ou dependência de álcool e outras drogas aumentaram 11%, no Sistema Único de Saúde (SUS), durante o ano passado. Mas o recorte para Goiás mostra um cenário ainda mais preocupante para o Estado.

Em 2020, os ambulatórios em Goiás atenderam a 2.220 pacientes com transtornos provocados pelo uso de álcool e drogas. Esse número saltou para 9.708 em 2021. A busca por ajuda teve um salto de  representa 323% de um ano para o outro.

Pacientes do sexo masculino são a maioria dos usuários atendidos pelo SUS.  Quando listado por faixa etária, o maior índice está entre aqueles que possuem de 25 a 59 anos. Ao todo 1.856 dos pacientes atendidos em 2020 tinham essa faixa de idade. O número de pessoas desde grupo que buscou ajuda em 2021 mais que triplicou, chegando a 7.814.

 

As autoridades sanitárias apontam que esse aumento na procura pelo atendimento em ambulatórios está associado a pandemia. Segundo foi divulgado pelo Ministério da Saúde,  o aumento do último ano pode ser um indicativo de que, após evitarem ir a estabelecimentos de saúde durante todo o ano de 2020, com medo de serem infectados pelo novo coronavírus, mais pessoas voltaram a buscar atendimento médico em 2021.

Mas quem lida com o atendimento diário de pacientes que buscam ajuda em razão da dependência de álcool e drogas, a pandemia foi além de uma barreira para busca de ajuda. Especialistas apontam que o isolamento social também foi a motivação para iniciação no consumo das substâncias, assim como para o aumento das doses e frequências daqueles que já faziam o uso.

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