A informação de que o ex-deputado e odontólogo Jovair Arantes, aos 66 nos, em perfeitas condições ter sido imunizado contra a covid 19 causou mais uma das inúmeras polemicas da vacinação. O programa de imunização inicial, prevê a vacinação de profissionais “QUE ESTÃO NA LINHA DE FRENTE NA LUTA CONTRA A COVID 19. Sim, isto é certo. Porém profissionais de saúde, que não estão exercendo a profissão mas tem registro junto aos conselhos estão sendo imunizados. Este foi o caso de Jovair Arantes, que tem registro no conselho regional de odontologia, mas não conseguiu provar que está atendendo pacientes.
A Secretretaria de Comunicação da Prefeitura de Goiânia disse que “cabe aos conselhos determinar quem será imunizado.” Já o conselho de odontologia reconheceu que não consegue separar quem é quem neste processo. Ou seja, dizer quem deve e quem não deve receber a imunização. Assim basta apenas ter o registro em dia com o órgão que automaticamente receberá a vacina.
Se já não bastasse os casos de furas filas, pessoas que não trabalham na área da saúde, terem recebido a primeira dose da vacina, usando o cargo no município ou no estado, agora é a vez destes profissionais que usam da prerrogativa de apenas fazerem parte de conselhos para receber a imunização, deixando pessoas e profissionais que realmente precisam da vacina ser acometido pela doença e morrer pela falta de imunização.
Pelo cronograma atual, pessoas com mais de 90 anos estão recebendo a vacina. Depois será a vez de quem tem mais de 80 anos de idade. Hoje, os principais jornais do País publicaram um levantamento onde o Brasil só conseguirá vacinar 70% da população, como diz a Organização Mundial de Saúde, em 2024.
Ouvindo especialistas na área de infectologia, todos disseram que a prioridade de receber as vacinas deve incluir o grupo de pessoas suscetíveis a complicações da Covid 19 (grupo de riso) e não de quem tem carteira de conselho profissional, mas não exposta diretamente a contagio. “Temos que reduzir internações e as mortes, não fazer politica classista.” Disse um dos ouvidos pelo Jornal Argumento.
É importante que haja um acompanhamento mais próximo destes grupos de “carteirados”, pois são mais de 10 milhões em todo o País, sendo que muitos deles não exercem a profissão e não estão na chamada linha de frente.
Com a palavra o Ministério Publico de Goiás.