A segunda onda de Covid-19 está mais forte que a primeira em Goiás e seis regiões do estado estão em situação de calamidade, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (17) pela Secretaria de Estado de Saúde. Foram emitidas orientações de como cada município deverá agir para evitar o avanço da doença de acordo com a situação da região em que está localizado.
“A segunda onda está mais forte do que a primeira. Felizmente, o estado expandiu estruturas, continuamos expandindo, mas não teremos leitos para 7,2 milhões goianos. Precisamos, de fato, frear a contaminação”, disse o secretário de Saúde, Ismael Alexandrino.
Ao todo, o estado é dividido em 18 regiões de saúde
As regiões de saúde listadas com uma segunda onda pior que a primeira foram a da Estrada de Ferro; do Rio Vermelho; São Patrício I; Norte; Oeste I; e Nordeste II. Dentro dessas áreas estão 97 cidades. Entre elas estão, por exemplo, Caldas Novas, Catalão, Nova Crixás, Aruanã, Porangatu e Minaçu.
Goiás tem seis áreas em situação de calamidade devido à Covid-19 — Foto: Divulgação/Secretaria Estadual de Saúde de Goiás
O G1 solicitou posicionamento para algumas prefeituras que estão nesta situação de calamidade para saber se vão adotar as recomendações da SES e aguarda retorno. São elas:
- Caldas Novas (aguarda retorno)
- Catalão (em reunião)
- Nova Crixás (aguarda retorno)
- Aruanã (em reunião)
- Porangatu (aguarda retorno)
- Minaçu (aguarda retorno)
- Iporá (aguarda retorno)
- Posse (aguarda retorno)
- Três Ranchos (vai decidir)
- Ipameri (vai decidir)
Em regiões com situação de calamidade, a secretaria recomenda a interrupção de todas atividades, exceto: supermercados, farmácias, postos de combustível e serviços de urgência e emergência em saúde.
Conscientização
Durante a reunião, o governador Ronaldo Caiado (DEM) pediu conscientização da população para evitar aglomerações e pediu uma ação mais firme por parte dos municípios.
Situação de calamidade
A Secretaria de Saúde explicou que para montar o mapa da situação de cada região do estado em relação à Covid-19 foram analisados os números de casos confirmados, a taxa de internação e ocupação de leito, além dos registros de síndromes respiratórias agudas graves em cada município.
Após a elaboração do mapa, a secretaria divulgou que seis estão em situação de calamidade, oito em nível crítico e quatro em alerta. A atualização vai ser feita semanalmente.
Veja quais restrições as cidades devem tomar nos três cenários:
Situação de alerta: funcionamento de todas as atividades, exceto eventos com mais de 150 pessoas, com o uso e fiscalização de protocolos específicos para as atividades afins;
Situação crítica: funcionamento das atividades de alto risco de transmissão com lotação máxima de 30% da capacidade, conforme abaixo:
- Instituições religiosas;
- Bares e restaurantes.
Funcionamento das atividades de médio risco de transmissão com lotação máxima de 50% da capacidade, conforme abaixo:
- Academias, quadras esportivas escolas de esporte;
- Salões de beleza e barbearia;
- Shoppings e centros comerciais.
Para as atividades abaixo relacionadas, seguir recomendações específicas:
- Eventos sociais: capacidade máxima de 150 pessoas
- Empresas e escritórios: prioritariamente para trabalho remoto ou 50% da capacidade do estabelecimento em trabalho presencial.
- Transporte públicos: lotação máxima limitada ao quantitativo de passageiros sentados;
- Funerais: máximo de 10 pessoas.
Situação de calamidade: recomenda-se a interrupção de todas atividades, exceto: supermercados e congêneres, farmácias, postos de combustível e serviços de urgência e emergência em saúde.
Fonte: G1/GO