Goiás registra 331 mil casos de dengue em 2024; letalidade é 7 vezes maior do que em 2023

Em 2024, Goiás enfrenta um cenário preocupante em relação à dengue, com números alarmantes que refletem a gravidade da situação. Até o momento, o estado registrou 331.008 casos prováveis da doença, o que resulta em um coeficiente de incidência de 4.691,7 casos para cada 100 mil habitantes.

Além disso, Goiás contabilizou 414 mortes confirmadas por dengue, com outros 49 óbitos ainda em investigação. A letalidade da doença em casos prováveis no estado é de 0,13%, um índice relativamente baixo, mas quando se trata de casos graves, a letalidade sobe para 4,95%.

Os números são muito maiores do que os de 2023. No ano passado, foram notificados 124.385 casos da doença, com 57 óbitos confirmados.

Esses dados, fornecidos pelo Ministério da Saúde, revelam a alta transmissão da doença, o impacto significativo nas comunidades locais e a necessidade urgente de medidas preventivas e de controle. O aumento dos casos de dengue em Goiás coloca pressão sobre o sistema de saúde estadual, que precisa lidar não só com a quantidade de atendimentos, mas também com o agravamento de casos que exigem cuidados intensivos.

O panorama no Brasil, de forma geral, segue uma tendência preocupante. De acordo com o Ministério da Saúde, o país já registra 5.922 mortes por dengue em 2024, o maior número desde o início da série histórica, em 2000. Esse total supera o recorde anterior, registrado em 2023, quando 1.179 pessoas faleceram devido à doença.

O número de casos prováveis no Brasil já alcançou 6.606.414, e outros 1.067 óbitos ainda estão sob investigação, o que indica uma possível elevação do total de mortes. O coeficiente de incidência da doença no Brasil é de 3.253 casos para cada 100 mil habitantes, refletindo a ampla disseminação do Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, por todo o território nacional.

Esses dados apontam para um cenário de surtos recorrentes e uma resposta das autoridades de saúde que precisa ser cada vez mais eficaz para evitar uma crise de saúde pública de maiores proporções. Em termos regionais, São Paulo continua a ser o estado mais afetado em termos absolutos, com 2,1 milhões de casos prováveis registrados até agora.

O estado de Minas Gerais ocupa a segunda posição, com 1,6 milhão de casos, seguido por Paraná, com 653 mil, e Santa Catarina, com 345 mil. No entanto, quando se considera o coeficiente de incidência, que leva em conta a densidade populacional de cada estado, o Distrito Federal apresenta o maior índice de transmissão, com 9.899 casos para cada 100 mil habitantes.

Em seguida, estão Minas Gerais (8.238), Paraná (5.713) e São Paulo (4.861). Esses números, também fornecidos pelo Ministério da Saúde, evidenciam que, apesar de alguns estados terem mais casos absolutos, a incidência proporcional da doença é mais alta em outras regiões, o que torna a luta contra a dengue um desafio constante em diferentes partes do país.

O aumento significativo no número de casos e mortes por dengue nos últimos anos reforça a urgência de ações mais robustas para o controle da doença. O combate ao mosquito Aedes aegypti continua sendo a principal estratégia para reduzir a incidência da doença, e isso exige uma mobilização em grande escala de recursos, tanto por parte das autoridades de saúde quanto da população.

Campanhas de conscientização, eliminação de focos de água parada e o uso de inseticidas são apenas algumas das medidas necessárias para interromper o ciclo de transmissão da dengue. A colaboração entre os governos federal, estaduais e municipais, além da participação ativa dos cidadãos, é fundamental para enfrentar essa ameaça à saúde pública e reduzir o impacto da doença, que continua a afetar milhares de brasileiros a cada ano.

Sair da versão mobile