O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, revogou a prisão preventiva e determinou a soltura do ex-diretor geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques. Ele estava preso desde agosto de 2023, em Brasília, acusado de tentar interferir no segundo turno das eleições de 2022 para beneficiar o então presidente Jair Bolsonaro.
Moraes entendeu que os elementos que levaram Vasques à prisão não se aplicam mais ao caso. O policial, porém, terá que cumprir medidas cautelares, incluindo:
- o uso de tornozeleira eletrônica;
- obrigação de se apresentar à Justiça periodicamente;
- cancelamento do passaporte e proibição de deixar o país;
- suspensão do porte de arma de fogo;
- não se comunicar com outros investigados;
- proibição de uso das redes sociais.
Prisão
Segundo a Polícia Federal (PF), Vasques teria “direcionado recursos humanos e materiais com o intuito de dificultar o trânsito de eleitores no dia 30 de outubro de 2022”. A investigação da PF reuniu elementos que, segundo investigadores, comprovam a atuação da PRF para impactar as últimas eleições.
Em 25 de novembro de 2022, Vasques se tornou réu por improbidade administrativa, após ser acusado de uso indevido do cargo que ocupava, bem como de símbolos e imagem da instituição policial durante as eleições presidenciais.
Ele foi absolvido em primeira instância, mas o Ministério Público Federal (MPF) recorreu da decisão. Em dezembro do mesmo ano, Vasques foi dispensado do cargo e, no mesmo mês, a PRF concedeu aposentadoria voluntária ao ex-diretor-geral, então com 47 anos.