Em todo o ano passado, o instituto registrou 6 ocorrências em escolas. 2019 aparece em 3º lugar, com 3. Os outros anos variam entre 0, 1 e 2 ataques. Desde 2002, quando o levantamento foi iniciado, o total é de 25 ataques a escolas, com 139 vítimas, sendo que 46 morreram e 93 sobreviveram.

Ataques com armas de fogo são os que mais matam. Das 25 ocorrências registradas desde 2002, 12 foram com armas de fogo (48% do total) e causaram 35 mortes (76% do total). Outras armas foram usadas em 13 ocorrências (52% do total) e mataram 11 pessoas (24% do total).

Todos os crimes foram praticados por homens (adolescentes ou adultos), sendo que 57% são alunos e 36%, ex-alunos das instituições de ensino atacadas. O levantamento também mostrou que pelo menos 20 dos 25 casos foram planejados.

Este diagnóstico reforça tanto um diálogo entre os casos e os autores como reforça que há um prazo hábil para que funcionários, professores, alunos e pais possam notar mudanças de comportamento ou até atos preparatórios e consigam tomar medidas para intervir precocemente e prevenir os ataques”, disse o Instituto Sou da Paz em nota. “É necessário estruturar e preparar a comunidade escolar para identificar os sinais antes dos ataques e agir com eficácia”, recomendou.

Os dados contabilizam o ataque a tiros ocorrido na 2ª feira (19.jun), no Colégio Estadual Helena Kolody, em Cambé (PR). Dois estudantes morreram.