Rede Globo, o capacho de Lula!
Ano de 1989, a volta das eleições diretas para presidente da Republica, após a constituição de 1988. Lula e Collor polarizaram a disputa. Até que o ultimo debate da disputa, promovido pela Rede Globo, naquela época os debates eram gravados e depois apresentados aos brasileiros.
Collor, o caçador dos marajás, invenção da Globo, vinha de um estado fora do eixo Rio, São Paulo e Minas Gerais. O partido também pequeno, o PRN, mesmo com o apoio da Rede Globo, disputava voto a voto com Collor e começava a ter vantagem nas pesquisas realizadas.
De extrema direita e conservadora, não passava no imaginário de Roberto Marinho a eleição de um metalúrgico, barbudo e com um discurso que o brasileiro aplaudia. Assim foi realizado o ultimo debate. A duração, de uma hora foi reduzida para pouco mais de 40 minutos. Antes de levar ao ar o debate, a equipe da Globo, naquele ano sob o comando de Jose Bonifacio, o Bone, editou todo o conteúdo e colocou os melhores momentos de Collor e os piores momento de Lula. Fato que até hoje Bone se arrepende.
Mas o tempo passa e faz com que os valores e e a ética sejam revistas e mudadas dependendo do interesse.
Assim foi ontem a sabatina feita com Lula pela Rede Globo. Vergonhoso, principalmente para os apresentadores, Wiliam Bonert e Renata. Já no começo, Boner , com um minuto para formular a primeira pergunta, gastou 40 segundos ressaltando as conquistas dos governos de Lula e depois se ele iria repetir a mesma forma de governar. Foi um espetáculo protagonizado pela globo. Cada pergunta era como colocar a bola “na marca do pênalti” sem goleiro para Lula fazer vários gols.
É claro que a Globo não morre de amores por Lula, pois quando presidente Lula preteriu a emissora, aproximando-se mais da Rede Record. Mas sempre respeitando a Globo. Na verdade foi a forra da Rede Globo contra Bolsonaro, que quando sabatinado, foi bombardeado pelos apresentadores.
A possibilidade da vitoria de Lula fez com que o jornalismo tão respeitado, se colocasse como um capacho para Lula pisar. Antes de Bolsonaro a emissora de Roberto Marinho fatura em media R$ 600 milhões por ano do governo, em comerciais, patrocínios e tudo mais o que a emissora pudesse fazer para faturar. Com Bolsonaro este valor baixou para R$ 150 milhões.
A Rede Globo esperou quase quatro anos para se vingar de Bolsonaro e o ex-presidente Lula foi o agraciado na vingança. Ainda não aconteceu a repercussão total do teatro de quinta feira, mas foi um golpe fortíssimo nas pretensões de Bolsonaro em ser reeleito.
Vexatório para uma emissora que se diz ética, comprometida com a verdade e independente.