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Em jantar com Toffoli e aliados, Bolsonaro se recusou a desmobilizar atos golpistas

Em encontro que contou com a presença do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, há cerca de duas semanas, em Brasília, aliados do presidente Jair Bolsonaro fizeram um último esforço para tentar convencê-lo a reconhecer o resultado do processo eleitoral. Argumentaram que o gesto esvaziaria os acampamentos golpistas pelo País. Bolsonaro eximiu-se de responsabilidade e disse que “não mobilizou nada, então não vai desmobilizar nada”. Ele prometeu aos presentes, no entanto, que não faria “nenhuma aventura” em relação ao fim do seu mandato. Outro pedido feito ao presidente, na ocasião, foi para que ele pagasse a dívida brasileira com organismos internacionais, o que foi anunciado pelo Itamaraty nesta semana. O jantar ocorreu na casa do então ministro das Comunicações, Fabio Faria.

SILENCIAR. Desde que perdeu a eleição, Bolsonaro apareceu pouco no Whatsapp. Recentemente, ele quebrou o silêncio para compartilhar com aliados a assinatura do indulto a policiais envolvidos no massacre do Carandiru.
OK. Bolsonaro precisa de autorização de sobrevoo e pouso do governo americano para ir ao país, segundo integrantes do governo que costumam organizar a viagem presidencial . A chegada de uma aeronave da FAB nos EUA, ontem, é um indicativo de que o presidente recebeu sinal verde.

INDIGESTO. O jantar de Toffoli com Bolsonaro foi mal visto por outros ministros, que apostam que ele não conseguirá “remendar” a relação com Lula. Além da proximidade com o atual presidente, Toffoli impediu o petista de, quando preso, ir ao velório do irmão.

SEM CLIMA. Magistrados citam como prova de falta de prestígio o fato de Toffoli não ter conseguido emplacar, junto a Lula, sua chefe de gabinete na Advocacia-Geral da União. O escolhido para o posto foi Jorge Messias.

Apoiadores de Bolsonaro inconformados com o resultado das eleições presidenciais permanecem acampados em frente ao Quartel General (QG) em Brasília. FOTO: WILTON JUNIOR/ESTADÃO. Foto: WILTON JUNIOR

Apoiadores de Bolsonaro inconformados com o resultado das eleições presidenciais permanecem acampados em frente ao Quartel General (QG) em Brasília. FOTO: WILTON JUNIOR/ESTADÃO. Foto: WILTON JUNIOR© Fornecido por Estadão

“Além de revogar decretos de armas, Lula terá o desafio de republicanizar as polícias federais. Será preciso ter uma área de diálogo com os policiais no governo.”

CLICK. Câmara dos Deputados, salão Negro

Iniciou o ensaio para a cerimônia de posse do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que ocorrerá no próximo domingo (1º).

Salão Negro da Câmara dos Deputados. Foto: Divulgação

Salão Negro da Câmara dos Deputados. Foto: Divulgação© Fornecido por Estadão
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