Paulo Guedes, depois de ser fritado pelo congresso, anuncia demissão e volta atrás.

O Jornal Argumento tem acompanhado desde a noite de ontem os passos dados para mudanças na equipe econômica do governo. Depois de sofrer uma derrota para os congressistas que aprovaram o Auxilio Brasil de R$ 400,00, Guedes se reuniu na noite desta quinta feira, com três dos mais importantes secretários da econômica e acertaram um pedido de demissão coletivo.
Uma fonte segura disse ao Jornal Argumento que na manhã desta sexta feira, pessoas da confiança de Bolsonaro começaram a “buscar” um nome para substituir o ministro da economia.
Ao saber a intenção de Paulo Guedes de deixar o governo, Bolsonaro saiu do palácio e foi conversar com Guedes sobre a saída dele. Guedes disse ao presidente “que estava sendo fritado no ministério. Bolsonaro fez um pronunciamento dizendo que Guedes estava fortalecido no cargo.
Esta fonte disse que o que aconteceu com Guedes e Bolsonaro é a mesma coisa que acontece com um time de futebol. “Quando o presidente do clube tem que dizer que o técnico está fortalecido é porque já perdeu a confiança dos jogadores e da torcida. A atitude de Bolsonaro contudo foi mais uma prova de que o presidente fala uma coisa e faz outra.” Sentenciou a fonte.
“Todos sabiam que o Presidente já tinha decido aceitar a demissão de Guedes e, como eu disse, o presidente autorizou a busca por um novo nome para a pasta da economia.” Destacou
A relação de Paulo Guedes com o congresso há tempos está enfraquecida, desde o primeiro auxilio emergencial de 2020 Paulo Guedes foi contra o valor determinado pelo então presidente da câmara Rodrigo Maia.
A imagem de Paulo Guedes, que para quase todos, acreditavam que ele faria como Mandeta fez: chamou a imprensa para uma coletiva onde apresentou a demissão do cargo de Ministro da Saúde. Mas ao contrario disso, Guedes conversou novamente com o Presidente e anunciou que fica no governo.
Defensor ferrenho de uma politica mais dura no que se refere aos gastos do governo, Guedes foi autorizado por Bolsonaro a subir mais ainda o teto da divida interna do Brasil, algo que o ministro lutou para não acontecer.
O orçamento do governo, aprovado pela câmara foi de R$ 1 trilhão de reais, além do cheque em branco dado pelo congresso permitindo que déficit fiscal passe da casa dos R$ 100 bilhões e agora mais R$ 4 bilhões do Auxilio Brasil, que vai substituir o bolsa família.
Já há apostas feitas em Brasilia sobre quando Paulo Guedes deixara o governo. Um sinal claro, foi o discurso de Bolsonaro que não desmentiu que enviou uma equipe para conseguir um nome para ficar no lugar de Guedes.