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Bolsonaro e o estouro do teto.

A todo momento, Bolsonaro e Paulo Guedes dizem temer “estourar o teto”.

Mas o que é isso? O teto foi fixado pelo congresso nacional e diz o quanto o governo pode usar o “cheque especial”, ou seja gastar acima do que arrecada. Este ano o teto autorizado pela câmara federal supera a ordem de R$ 150 bilhões de reais. Algo incompreensível, diante dos projetos do governo Bolsonaro.  Todas ou quase todas tiveram investimentos de governos anteriores e o Presidente está inaugurando.

Com o que o governo que muito arrecada gasta mais 156 bilhões. No governo Dilma, a ex-presidente foi crucificada por chegar ao incerto déficit de  80 bilhões e foi uma das maneiras de tira-la do poder. O impressionante é que Dilma saindo, o congresso generosamente permitiu que  Temer furasse  o teto em mais de  126 bilhões de reais.   Agora, pela segunda vez, permite um déficit milionário que vai fazendo crescer a divida interna, impagável.

Fico pensando: ano passado, o impostômetro um painel fixado em São Paulo é  um medidor de impostos arrecadados pelo governo. Em dezembro de 2019 bateu a casa dos R$ 3 trilhões de reais. Para aonde vai tanto dinheiro? Pior é o choro do ministro Paulo Guedes que diz que conceder uma pequena ajuda, de R$ 300,00,  a quem contribui,  pode furar o teto e causar um possível impedimento do presidente da república.    Falam agora na criação de um taxa de contribuição em movimentações financeiras, ou seja, a CPMF de volta.

Há de se entender que Governadores e Prefeitos tem participação no pagamento de impostos, 7 ao todo. Já nas contribuições que são dezenas, somente o governo federal se apodera. Não consigo entender a matemática governista que diz que quase 60% são usados para pagar funcionários. 20% para a amortização da divida e mais um bilhões para outras invenções. Então diz que sobra pouco mais de 10% para investimentos o que não consegue fazer por falta de dinheiro.

Para o  serviço de Saúde, Educação e Segurança, o pilar do governo,  muito pouco é investido,  sempre com a desculpa de que o Governo pode quebrar. Há mais de 30 anos sou jornalista e durante todo este tempo ouço que o Governo corre o risco de quebrar mas nunca quebra, e sabe o por quê disto? É que somos contribuintes e estamos sempre salvando governos que gastam mal e ainda precisam de um déficit de mais  R$ 150 bilhões por ano, aprovado pelo congresso.   

O ex-presidente Lula se orgulhou de pagar o FMI, uma mixaria considerada a divida interna que a cada dia aumenta mais, chegando ao ponto de ser rolada e não paga.

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