COVID 19: A pandemia que o Governador Ronaldo Caiado não acreditou, está matando.

Igual barata tonta está o Governador Ronaldo Caiado tentando recuperar um tempo importante que foi perdido no enfrentamento da COVID 19.

Os primeiros contaminados chegaram ao Brasil no começo de março. Antes, porém, um grupo repatriado, “passava férias” na base aérea de Anápolis. Por lá ficaram por 15 dias, e todos acreditavam que eram os únicos capazes de transmitir o vírus.

Quando deveria se programar para reagir aos novos contaminados, o Governador de Goiás fez festa para comemorar o fim da quarentena daqueles que vieram do então epicentro da doença no mundo. Caiado, médico, deveria ter preparado os hospitais com insumos, medicamentos, profissionais e respiradores, já que foi o primeiro Governador do Brasil a ter contato com a quarentena e os riscos que a COVID 19 poderia causar.

Por ter recebido para cumprir quarentena e todos saíram sem a doença, isto na base aérea de Anápolis, Caiado se deixou levar pela exposição na mídia nacional. Tanto assim que chegou a dizer que o “Estado de Goiás estava preparado para o coronavirus”, inclusive oferecendo leitos hospitalares para doentes de outras partes do Brasil.

Assim,  as pessoas com maior poder aquisitivo  trouxeram os primeiros casos do coronavirus para o Estado. Tão importantes que humilharam as equipes de atendimento do Hospital de Doenças Tropicais, como o Jornal Argumento mostrou com exclusividade o desabafo de uma enfermeira dizendo que o “incentivo do Governador foi baixar de 40% para 15% o adicional de insalubridade pago aos profissionais do hospital.” (Ouça áudio exclusivo).

De forma espalhafatosa o governo decretou quarentena para todos os mais de 7 milhões de goianos em março. Mas o governo só tinha o plano “A”. Faltou saber o que fazer depois da quarentena.

Então o vírus está chegando ao seu destino final: os mais carentes e esquecidos pelo sistema de saúde de Goiás.  Enquanto pessoas enterravam seus familiares sem a chance de se despedirem, Ronaldo Caiado fazia vídeo e espalhou nas redes sociais, mostrando a mesa farta no café da manhã no Palácio.

E agora? Sabendo da letalidade da doença, o Governador Ronaldo Caiado tenta minimizar o caos que tomou conta de Goiás. Uma fonte de um dos hospitais disse ao Jornal Argumento “que estão tendo que usar, ansiolíticos (calmantes) em substituição aos anestésicos,  na sedação dos pacientes que precisam ser entubados.”  

E não foram apenas os medicamentos anestésicos que sumiram do mercado. Respiradores, insumos e outros materiais também estão em falta no Brasil. “A questão não é dinheiro”, disse um infectologista ao Jornal Argumento. “O fato é que não tem material disponível no mercado. Quem não comprou, não comprara mais.” Sentencia Dr. Anésio, médico infectologista.

Transferindo a responsabilidade.

Agora Caiado faz um novo decreto onde retoma os pontos do primeiro, de março deste ano e “joga a bomba nas mãos dos prefeitos”. Sem consenso e resultados, cada prefeito toma a decisão sobre o que pode e o que não pode funcionar nas cidades. Desta forma, Caiado passou a culpar os prefeitos e a população pela situação e se faz de “bom gestor.”

O que era impossível, para Caiado, aconteceu: falta tudo, desde UTI, medicamentos até profissionais. O caos chegou e nada mais se pode fazer, além de rezar para não ser o proximo contaminado. Pelo que se apresenta, quem é contaminado coloca um pé dentro do caixão.

Igual a Nero, que tocava harpa enquanto roma pegava fogo, Caiado fica só no discurso. Alias desde que assumiu o governo Caiado nada fez. Pesquisa feita pelo Jornal Argumento mostrou que apenas 2,9% dos goianos aprovavam o governo. O Jornal Argumento está fazendo nova pesquisa para aferir o grau de contentamento de Caiado.