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Jornal diz que ministro da saúde sabia da falta de oxigenio em Manaus.

Segundo reportagem do jornal Folha de S.Paulo, pelo menos 11 indícios, que podem ser usados como prova, reforçam que a cúpula do Ministério da Saúde, bem como o ministro Eduardo Pazuello, sabiam previamente sobre a escassez de oxigênio nos hospitais de Manaus (AM) e foram omissos diante do problema.

O general da ativa Pazuello é suspeito de crimes e investigado em inquérito aberto no STF (Supremo Tribunal Federal), que averigua a atuação do ministro no colapso da saúde pública na capital amazonense.

De acordo com o jornal, os indícios estão em um relatório assinado pelo próprio Pazuello, em um documento da secretaria-executiva do Ministério da Saúde, em um plano de contingências montado para lidar com a crise no Amazonas, em relatórios de grupos independentes enviados ao estado e em emails e documentos da White Martins, fornecedora do oxigênio hospitalar das unidades de saúde do Amazonas.

Em 7 de janeiro, a White Martins enviou um email apontando a escalada da escassez de oxigênio. No dia 11, a empresa pede a coronéis do Ministério da Saúde “apoio logístico imediato” para transporte de oxigênio.

Entre os outros indícios apontados na reportagem estão um relatório de ações referentes ao período de 6 a 16 de janeiro, assinado por Pazuello, em que diz ter detectado “gravíssima situação dos estoques de oxigênio hospitalar em Manaus”; uma visita do ministro a instalações da White Martins na cidade; e uma reunião de Pazuello com representantes da White Martins e com coronéis do Ministério da Saúde.

Também são apontados como indícios da omissão de Pazuello e do ministério: documento de diretor jurídico da White Martins ao MPF, que diz ter havido informação e registro da situação junto às autoridades públicas; um relatório do centro de operação da secretaria-executiva do ministério com registro sobre “prioridade zero” no suprimento de oxigênio aos hospitais; uma chamada telefônica da Secretaria de Saúde do Amazonas ao ministério pedindo ajuad com oxigênio; um plano de contingência com registro de “estrangulamento” no fornecimento de oxigênio; o uso inadequado de oxigênio por grupos mandados ao Amazonas; e relatórios da Força Nacional do SUS com registros da escalada da crise entre os dias 8 e 13 de janeiro, até o colapso no dia 14.

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