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Os Vereadores Fariseus da Câmara de Goiânia e o Ministério Público.

Jesus foi convidado para um almoço na casa de um Fariseu. Antes da refeição o anfitrião lava o copo e o prato. Ficou  surpreso porque Jesus não seguiu essa tradição. Jesus percebeu isso e disse: “Ora, vocês, fariseus, limpam por fora o copo e o prato, mas por dentro estão cheios de ganância e de maldade. Insensatos! Aquele que fez o exterior também fez o interior, não fez?”

Uso este exemplo para que se possa entender melhor o que são os fariseus: “Usam de uma fé que não proclamam para se fazerem poderosos.”

Assim, de fariseus está cheia nossa classe política. Falo diretamente sobre o fato ocorrido nesta semana, quando um grupo de vereadores, a pretextos de conhecer projetos que deram certo em uma determinada cidade, acabam por enganar o cidadão que já paga muito caro por um parlamentou pouco ou nada produtivo.

É bom que o cidadão saiba que muitos parlamentares goianienses foram eleitos por bancadas de interesses, como do setor imobiliário, do transporte coletivo e entre outros, que após a eleição o único trabalho é apresentar projetos que atendam aos interesses de que os elegeu.

Geraldo Magela, ex-presidente da Câmara Municipal de Aparecida de Goiânia – Morto em acidente automobilístico

Antes de falar sobre o fato em si, lembremos que em junho de 2006, o presidente da Câmara Municipal de Aparecida de Goiânia, Geraldo Magela, foi condenado a 16 anos de reclusão, além de perda do mandato. Magela e outros funcionários foram condenados por falsidade ideológica ao forjarem documentos com o objetivo de simular ter saído de seus próprios bolsos o dinheiro que foi tirado da Casa para financiar viagem com seus familiares e amigos para Natal (RN), em abril de 2005.

A decisão é do juiz Ricardo Teixeira Lemos, da 1ª Vara Criminal de Aparecida de Goiânia, que julgou procedente a denúncia do Ministério Público.Além de Magela, o tesoureiro, Josafá Lopes Alves, que recebeu pena de 11 anos e perda da função pública. A assessora jurídica da Câmara, Maria Ermínia Lê Maldi e o presidente da Comissão de Licitação, Laurino da Costa Santos foram condenados, igualmente, a 4 anos e 8 meses de reclusão.

Desde a última quarta feira, um grupo de vereadores de Goiânia, também chefiado pelo Presidente da Câmara Municipal de Goiânia, GCM Romário Policarpo, está em São Paulo, sob pretexto de terem sido convidados pelo secretário paulista de Transportes Metropolitanos, o goiano Alexandre Baldy. Supostamente para visitar diversos formas de transportes coletivos da cidade de São Paulo. A alegação é que vão conhecer metrô e suas várias linhas, os trens urbanos, os corredores exclusivos para ônibus, os veículos rápidos e a experiência da engenharia de tráfego que a administração paulista obteve ao longo das últimas décadas.

O que chamou a atenção foi o fato de que todas as despesas estão sendo custeadas pela Câmara Municipal de Goiânia, desde passagens, alimentação e hospedagens. Mas estranhamente o grupo foi flagrado e fotografado, na noite de quarta-feira, junto ao ex-governador Marconi Perillo, em um dos mais famosos restaurantes de São Paulo, desfrutando de tudo o que o dinheiro possa comprar, inclusive garrafas e garrafas de vinhos importados, com preço unitário a quase R$ 800,00.    

Em 2015 fiz uma viagem a negócios à cidade de Salvador. Fim da tarde de uma terça-feira, fui a Praia da Pitúba, bairro de Salvador, e me encontrei com dos mais combativos vereadores de todos os tempos da Câmara de Goiânia, tomando sol, de short e água de coco além de algumas garrafas de cerveja. Cumprimentei o vereador que imediatamente justificou que estava a trabalho participando de um fórum sobre urbanização. Investiguei e nada falava nas atividades dos parlamentares.  

Por isto me sinto muito a vontade para chamar este grupo e outros de Fariseus. Sobem à tribuna para defender a moralidade, o respeito ao erário público, condenam o Prefeito, dizem estar ao lado do povo, mas quando preciso, fazem tudo aquilo que condenam, assim como os fariseus, que proferiam falsa fé aos Deuses, e utilizavam de pregações e proibições de coisas que eles não acreditavam, porém diziam aos seguidores que eram orientados divinamente.

Atônito, clamo ao Ministério Público de Goiás, que tem dado exemplos e mais exemplos da defesa do que é público, para que também dê uma resposta a altura para estes Fariseus que se deleitam do luxo bancado por pobres e enganados contribuintes. Com a palavra o Ministério Público.  

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