O MP-SP (Ministério Público de São Paulo) e MP-AL (Ministério Público de Alagoas) deram início a uma operação contra sonegação de impostos na manhã desta 4ª feira (12.mai.2021). O prejuízo estimado é de R$ 200 milhões para o Estado de São Paulo.

São 38 mandados de busca e apreensão e 14 de prisão contra um grupo de empresários do setor de plástico. Advogados e contadores também são alvos da operação. Além da sonegação de impostos também são investigados crimes de fraude, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

Segundo as investigações, o grupo teria conseguido sonegar os impostos por meio de notas fiscais fraudulentas. Foram emitidas 20 notas, no valor de quase R$ 4 bilhões, sem que houvesse o recolhimento do ICMS (Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços).

Para conseguir burlar as leis tributárias, os empresários teriam criado empresas fantasmas. Com isso, eles teriam simulado operações interestaduais com o Estado de Alagoas. A entrada de mercadorias de outro Estado gera créditos tributários que beneficiam os envolvidos na operação.

Todos os alvos da operação do MP vivem em São Paulo. São 23 endereços em cidades da Região Metropolitana ou no interior do Estado: Guarulhos, Sorocaba, Votorantim, Indaiatuba e Pilar do Sul. Ao menos 8 pessoas já foram presas.

A operação conta com a participação de mais de 200 agentes públicos, incluindo promotores, policiais e fiscais. Além do MP, a PGE (Procuradoria Geral do Estado), a Secretaria da Fazenda e o Dope (Departamento de Operações Policiais Estratégicas) também fazem parte da ação.