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O ex-ministro da Saúde Marcelo Queiroga foi convocado para explicar à Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara os motivos do desabastecimento de medicamentos básicos nas unidades públicas de saúde.

O ex-ministro da Saúde Marcelo Queiroga foi convocado para explicar à Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara os motivos do desabastecimento de medicamentos básicos nas unidades públicas de saúde. Segundo relatos de profissionais da área, estariam faltando antibióticos, analgésicos e anti-inflamatórios em Goiás.

Segundo o deputado federal Elias Vaz (PSB), que protocolou o pedido, o Ministério da Saúde tem a obrigação de intervir na situação, com ações rápidas e concretas, em caso de risco à continuidade dos tratamentos. O parlamentar aponta que o acesso aos medicamentos é um direito constitucional.

“Nosso gabinete vem recebendo várias reclamações. Há relatos de que os médicos, antes de receitarem o remédio, precisam ligar nas farmácias e perguntar quais antibióticos estão disponíveis no dia. Muitos pacientes tiveram que peregrinar em busca de medicamentos básicos em Goiás, que abriga algumas das maiores indústrias farmacêuticas nacionais”, afirma o parlamentar.

O deputado revelou no mês passado o escândalo da compra, autorizada pelo governo federal, do citrato de sildenafila, popularmente conhecido como Viagra, e próteses penianas infláveis pelas Forças Armadas. Elias Vaz identificou a aquisição de 11 milhões de comprimidos pela Marinha, que firmou contrato com o laboratório EMS para transferência de tecnologia, ou seja, para começar a produzir o Viagra.

“O governo federal precisa explicar os critérios para a produção de medicamentos pelas Forças Armadas. Primeiro, foi a cloroquina, comprovadamente sem eficácia no combate a Covid-19. Agora, o Viagra. Enquanto isso, falta o básico nas unidades de saúde. O país não tem amoxicilina para atender os pacientes com infecção e o governo parece que não está preocupado. As prioridades são totalmente questionáveis”, afirma.

 

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