A tributação de PIS/Cofins sobre a gasolina que voltou a valer em 1º de março de 2023 pode aumentar o preço do litro em R$ 0,47, segundo o Ministério da Economia. Levantamento da ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) mostra que o valor médio cobrado nos postos na semana de 25 de fevereiro de 2023 era de R$ 5,08. A rigor, o fim da isenção sobre o combustível encareceria o litro para R$ 5,55.
Não seria o maior da história em termos reais, quando os números são corrigidos pela inflação. O pico foi atingido em março de 2022, mês que o litro custava R$ 7,59, a preços atuais. Naquele período, o Congresso aprovou temporariamente a isenção do PIS/Cofins sobre a gasolina, o que reduziu o valor cobrado nas bombas nos meses seguintes. O limite imposto ao ICMS (Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) também contribuiu para diminuir o valor.
Com o fim do benefício tributário, e se o litro da gasolina for para R$ 5,55, será o mesmo patamar registrado em fevereiro de 2020, mês anterior à pandemia de covid-19. O aumento de preços também deverá elevar o custo do litro para o maior nível desde junho do ano passado, quando o valor médio estava em R$ 6,14.
O etanol teve o preço médio mais alto em outubro de 2021, quando era R$ 5,88 em valores atuais. Estava a R$ 3,79 em fevereiro de 2023.
Em valores atuais, a gasolina já custou R$ 6,94 em fevereiro de 2003, pico anterior ao ciclo inflacionário mundial recente. O preço mais baixo foi em maio de 2020, aos R$ 4,66. Nas mesmas datas, o etanol custou R$ 4,80 e R$ 3,71, respectivamente.
Os dados da semana de 25 de fevereiro mostram que o Ceará tem a gasolina mais cara do país, ao considerar o preço médio. O litro custava R$ 5,73. O menor preço para o combustível era no Amapá: R$ 4,72.
Já o valor mais alto para o etanol foi registrado em Roraima, R$ 4,87. O menor era do Mato Grosso, de R$ 3,28.