A aprovação do projeto nesta quinta-feira ocorreu após pedido de vistas feito pelo próprio autor durante a sessão de quarta-feira, 17, sob o argumento de que era preciso “entender melhor o projeto”. Vereadores que pretendiam rejeitar a proposta criticaram a atitude do colega.
Para os parlamentares contrários, a mudança pode trazer prejuízos aos comerciantes. “Se essa alteração ocorrer de fato, as lojas terão de trocar todas as peças da sua identidade visual, como fachadas, cartões de visita, folders, panfletos, plotagem de veículos, letreiros etc. Isso terá altos custos, já que as empresas deverão fazer também alterações cadastrais, por exemplo, em operadoras de telefonia, nas companhias distribuidoras de energia elétrica e água, e na Receita Federal, impactando em todas as certidões que deverão ser emitidas novamente em função da atualização do endereço no CNPJ”, pontua Novandir.
Entretanto, durante a discussão da matéria, o vereador Sandes Júnior (Progressistas) lembrou que uma emenda ao projeto garante que os empresários têm o prazo de cinco anos, após a sanção, para adequar às obrigações municipais, com o custo estimado de R$ 600. Novandir rebateu o colega e alegou que os empreendedores têm outras despesas a serem honradas também, além dos tributos do município, o que não justificaria a aprovação do projeto.
Manifestações
Durante a discussão do projeto na quarta-feira, galerias da Câmara foram ocupadas por empresários e trabalhadores da Castelo Branco, que se manifestaram contra a aprovação da matéria. “Esse projeto vai prejudicar mais de 400 empresários que atuam naquela via pública. A maioria ali não quer essa alteração no nome. Isso é um absurdo”, afirmou Novandir. “Creio que é preciso respeitar a memória do maior líder da história política de Goiás. Iris merece essa homenagem. Daí nosso empenho e da maioria dos colegas deste Poder”, rebateu Clécio.
Histórico
O projeto foi uma nova tentativa do vereador Clécio Alves de mudança da via. Desta vez, a intenção é que seja chamada de Agrovia Iris Rezende. É que a primeira tentativa chegou a ser aprovada na Câmara Municipal, mas foi vetada pelo prefeito Rogério Cruz (Republicanos) diante de pressão de empresários da região. O veto chegou a ser avaliado pelos vereadores, mas foi mantido, mesmo com assinatura de 32 vereadores favoráveis ao projeto. Vale lembrar que a prefeitura tem projeto de criação de um polo de comércio agropecuário, previsto, inclusive, nas alterações aprovadas no Plano Diretor.