Motoristas do Eixo Anhanguera paralisaram as atividades nesta terça-feira (11), em Goiânia. Segundo representantes da categoria, poucos ônibus estão sendo autorizados a sair da garagem da Metrobus.
Imagens enviadas por telespectadores da TV Anhanguera mostram terminais de ônibus movimentados, com pessoas aglomeradas esperando por veículos. Segundo passageiros, os poucos ônibus que estão circulando do Eixo estão sendo escoltados pela Polícia Militar.
De acordo com o SindColetivo, que representa os trabalhadores da categoria, entre as reivindicações estão a vacinação contra Covid-19 e o reajuste salarial. Eles relatam que muitos colegas já foram contaminados pelo coronavírus e alguns até morreram em decorrência da doença, porque ficam muito expostos devido ao trabalho que desempenham.
Esta não é a primeira vez que a categoria cruza os braços para reivindicar a vacinação. No início de abril deste ano eles também se reuniram em frente a garagem da Metrobus por horas com este pedido.
Por meio de nota, a Metrobus explicou que 20% da frota está rodando e que “trabalha para que a operação seja normalizada o mais rápido possível”.
Também segundo a empresa, “a paralisação é promovida pelo Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Coletivo de Goiânia e Região Metropolitana (Sindicoletivo), no âmbito de negociações coletivas com o Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo de da região Metropolitana de Goiânia (SET)”.
Segundo o SET, “com exceção da Metrobus, todas as empresas operam normalmente” nesta manhã.
A RedeMob informou, por meio de nota, que “a RMTC opera normalmente na manhã desta terça-feira, com exceção para a Metrobus que está com apenas 20% da sua frota rodando no Eixo Anhanguera”.
Uma decisão do desembargador Mário Sérgio Bottazzo, assinada na segunda-feira (10), determinou que o sindicato não “se abstenha de deflagrar a greve prevista”.
“No documento, o magistrado prevê ainda que seja aplicada multa de R$ 10 mil por dia “à entidade sindical requerida, em caso de descumprimento da determinação”.
O advogado Nabson Santana, que representa os motoristas, informou que a categoria não havia sido oficialmente notificada da decisão até às 6h40 desta manhã
Segundo o SindColetivo, um dos representantes da categoria foi preso no início da manifestação. O G1 entrou em contato com a Polícia Militar às 6h07, por mensagem, pedindo informações sobre a prisão e aguarda retorno.
Imagens feitas na garagem da Metrobus mostram equipes da PM monitorando a paralisação.