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Não tinha registro a arma que matou ex-assessor do cantor Leonardo.

A arma de fogo que matou Nilton Rodrigues da Silva, de 60 anos, conhecido como Passim, não tem registro e pertencia à vítima, segundo informou o delegado Gilvan Borges de Oliveira, nesta quinta-feira (25). Primo e ex-assessor do cantor sertanejo Leonardo, Passim morreu no último dia 4 de março, na fazenda Talismã, em Jussara, de propriedade do artista. A polícia acredita em tiro acidental.

A investigação ainda não foi concluída, mas o delegado adianta que os depoimentos de testemunhas relatam que a arma era de uso pessoal, apesar de a função desempenhada por ele não exigir o equipamento.

“A arma não é registrada, ou seja, não está no nome de ninguém. A arma era dele, mas não estava registrada. Ele não tinha uma função específica para usar arma, era para defesa pessoal”, esclarece o delegado.
O investigador afirma ter ouvido todas as testemunhas necessárias para concluir a investigação, mas que falta um laudo da Polícia Técnico-Científica. “Foi um tiro acidental e aguardamos o laudo para confirmar”, finaliza Gilvan Borges.

Nilton Rodrigues, conhecido como Passim, era assessor e amigo do cantor Leonardo e morreu na fazenda do artista em Jussara Goiás — Foto: Reprodução/Instagram
Nilton Rodrigues, conhecido como Passim, era assessor e amigo do cantor Leonardo e morreu na fazenda do artista em Jussara Goiás — Foto: Reprodução/Instagram

Perícia na arma
A assessoria da Polícia Técnico-Científica (PTC) explica que o exame aguardado pelo delegado é a perícia de balística, a qual demora algum tempo devido à complexidade. A arma encontrada com Passim era uma Glock 380.

Os policiais peritos vão manusear a arma usada por Passim, dentro de um ambiente simulado ao que ele estava, para descobrir como foi feito o disparo que o matou.

Segundo a PTC, o conceito de tiro acidental é quando há um defeito na arma e ela dispara sozinha, sem o acionamento do gatilho, o que não deve ocorrer.

Mas existe também outra situação que é o tiro involuntário, que acontece quando o usuário aciona o gatilho da arma e pode ser atingido de forma acidental.

Para verificar se foi um tiro involuntário ou um disparo por defeito na arma, os peritos vão desmontar o equipamento e verificar se há alguma peça quebrada, além de realizarem outros testes.

Morte
A Polícia Civil informou que, de acordo com as entrevistas preliminares que fez com pessoas que estavam no local, o cantor Leonardo sentiu falta de Passim. Como não conseguiu entrar na suíte em que ele estava, mandou funcionários arrombarem a porta. Foi quando se depararam com o corpo dele.

Passim foi encontrado morto no banheiro da suíte. As investigações apontaram, inicialmente, que ele atirou acidentalmente na própria mão e na perna esquerda.

A corporação também apurou que o assessor estava sozinho no momento do acidente e tentou estancar o sangramento, mas que não resistiu à hemorragia.

Os policiais estimam que os tiros foram disparados por volta de 2h, mas o corpo da vítima foi encontrado às 12h30.

Homenagens
Passim trabalhava no meio artístico há cerca de 30 anos. Ele deixou esposa e dois filhos. Até a última atualização desta reportagem, não haviam sido divulgadas informações sobre velório e enterro.

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Vários amigos do assessor expressaram luto pela morte dele. Entre eles a esposa de Leonardo, Poliana Rocha, que publicou nas redes sociais textos falando sobre a companhia de Passim e a falta que ele fará:

“Nosso ‘Rambo’, amigo, irmão, companheiro, secretário, filho, fiel escudeiro e muito mais partiu. Estamos um caco, só frangalhos! Estamos sem chão. A vida hoje ficou cinza”, afirmou Poliana.
Filho do assessor, Hugo Rodrigues fez uma declaração ao pai, dizendo que não teve como se despedir, mas que Passim deixou “um legado lindo”.

“Nos deixou tão de repente, pai. Não tivemos tempo de nos abraçar ou de falar um último ‘eu te amo’, como dizíamos todos os dias. […] Nossa trajetória não acabou aqui, pai. Eu vou te encontrar ainda. Me espera, meu velho. Te amo e sempre vou te amar”, escreveu o filho.

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