Bolsonaro coloca Empresário investigado no lugar de chefes de estados, no sete de setembro.
A cena de Jair Bolsonaro ladeado pelo empresário Luciano Hang, ocupando o lugar que deveria ser destinado a chefes de outros Poderes, dá a dimensão da apropriação do bicentenário da Independência pela campanha de reeleição do presidente. Nem mesmo o presidente da Câmara, Arthur Lira, fiel escudeiro de Bolsonaro no Congresso, apareceu no desfile de 7 de setembro em Brasília. Seu colega no Senado,
Rodrigo Pacheco, preferiu se manifestar pelas redes sociais, pedindo que os atos sejam pacíficos.
A presença de Hang na Tribuna de Honra, um lugar tão nobre, é um recado claro de Bolsonaro a outro Poder ausente na cerimônia: o Judiciário. Afinal, ele foi um dos alvos da operação deflagrada com aval do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, contra empresários acusados de difundirem mensagens antidemocráticas em um grupo de WhatsApp.