Daniel Silveira: O Boi de Piranha do baixo clero.
Partido politico é parte da população brasileira. Integrantes do STF, CNJ, STJ, TSE e outros tribunais são compostos também por parte da sociedade, por isto não devemos entender que são pessoas acima do bem e do mal e que também nunca cometeram atos de corrupção. No entanto, criam um corporativismo que amedronta aqueles que estão sob a mira da toga.
Um caso emblemático foi a prisão do Senador Delcidio do Amaral, que teve a prisão decretada pelo STF por dizer em uma reunião que tinha amigos no Tribunal e que poderia tentar interver na situação de presos na operação lava jato. Por quê será que a prisão de Delcidio se transformou em delação premiada, sem citar um nome sequer dos membros do Supremo? Será que Delcidio mentiu ao dizer da relação com membros do tribunal?
Integrantes da corte também cometem atos de corrupção, mas são acobertados por seus pares, Gilmar Mendes mandou soltar um casal preso em uma das operações da lava jato, por ter sito padrinho de casamento de uma filha do casal. Joaquim Barbosa, usava o apartamento funcional como empresa de importação e exportação.
Para serem indicados para cargos das mais altas cortes, necessariamente fazem favores para amigos quando estão em instâncias inferiores. Precisamos entender que somente pela meritocracia funcionários públicos chegariam tão longe.
Mas quando o assunto é o poder, tais protagonistas da justiça no Brasil são totalmente corporativistas e defendem não apenas a democracia, mas de quebra, interesses. Foi isto que aconteceu com o deputado Daniel Silveira.
Sou a favor da prisão do deputado que achincalhou os membros do STF e fez alusão ao AI 5 – um momento triste da historia, pois o golpe deu poder ao presidente de fechar o congresso nacional e de retirar do poder quem quisesse. É claro que não temos a melhor democracia do mundo, mas temos uma democracia que deve ser respeitada, praticada e honrada. O deputado preso passou dos limites da liberdade de expressão com palavras de ordem. Por isto foi colocado como boi de piranha para reforçar o poder do STF sobre o congresso.
E este não foi o primeiro caso em que o Supremo Tribunal Federal decretou a prisão de um deputado em exercício do mandato. Antes de Silveira, quatro outros deputados federais já foram presos durante o exercício do mandato desde a Constituição de 1988: João Rodrigues (PSD-SC), em 2018; Celso Jacob (MDB-RJ), em 2017; Paulo Maluf (PP-SP), em 2017 e Natan Donadon (PMDB-RO), em 2013.
A relatora do processo que daria a liberdade ou não a Daniel Silveira, Magna Mofato, que, responde a inúmeros processos na Justiça Brasileira, antes de votar pela manutenção da prisão do deputado fez um discurso totalmente antagônico ao que ela representa. Os deputados em grande maioria também votaram pela prisão de Silveira. Tudo um teatro.
Resumindo: Daniel Silveira foi um boi de piranha, oferecido aos Ministros do STF pelos deputados como forma de amenizar os conflitos que existem entre os dois poderes. Isto porque outros parlamentares foram mais além, inclusive o filho do Presidente Bolsonaro que disse que “para fechar o STF bastaria apenas um cabo e um jipe.” Mas para enviar um recado de submissão e respeito aos 11 ministros, Daniel Silveira foi preso e certamente perdera o mandato. Tudo para continuar como antes.