Analise: Vamos

Vamos!

Durante a campanha eleitoral a palavra mais usada para apresentar plano de governo é a palavra “vamos”. “Vamos mudar.” “Vamos valorizar,“ vamos tudo. Impressiona a forma como tudo fica tão fácil durante as campanhas. Mesmo sem saber quanto tem no cofre, candidatos prometem coisas como se bilhões fossem repassados. Todos, sem  exceção, apresentam propostas e fazem promessas que, para eles, mesmo sabendo que são  mentiras, parecem  simples.

Tenho o cuidado de tentar ler todos os programas de governo apresentados. São   dezenas de páginas com soluções genéricas e mais parecem copias umas das outras. Lembro-me que entrevistei um candidato a prefeito e perguntei se ele já tinha um plano de governo pronto. Sem saber responder, disse que a equipe de governo estava preparando, isto sem ele saber que o programa já estava pronto. Fiz algumas perguntas, baseado nas promessas no plano de governo e sem saber responder, disse que “a equipe de governo estava preparando as propostas.”

Nas eleições de 2018, li o programa de governo de Ronaldo Caiado e comparei ao de Marcone Perillo de 2014. Fiquei perplexo como os dois eram iguais. O programa de Ronaldo Caiado em inúmeras partes fazia elogios ao governo de Marcone Perillo, um deles falava sobre o salto da educação em Goiás. A questão da saúde era cópia da apresentada por Marcone. Durante a entrevista que fiz com o candidato Caiado, senti em suas respostas uma ponta de sarcástico nas respostas. Em outras oportunidades, entrevistei o então deputado federal e senador Ronaldo Caiado onde mostrava um certo ódio ao Governo Federal.

Agora é saber o que a equipe de governo de Caiado vai fazer ou prometer nestas eleições, uma vez que Caiado já está há quase quatro anos frente ao governo e pouco ou nada fez. Em 2018 Caiado era a donzela das eleições. Pesou muito as operações feitas contra Marcone Perillo e também José Welington. Desta vez, ao que tudo indica, pouco ou nada mudará. De todos os discursos o que parece ser mais coerente é do pré-candidato do PT, professor Wolmir Amado.

Nas pílulas, programas exibidos na tv, todos os candidatos dizem “vamos.” Isto depois de prometer o impossível.