Artigo: Rogério Cruz não é o primeiro prefeito de Goiânia.

Goiânia   é uma metrópole. Fundada há mais de 80 anos, possui uma população de quase um milhão e meio de habitantes. Inerente as demandas das  outras metrópoles,  a capital do estado,  também,   a cada dia, necessita mais das ações do poder publico, pois sempre haverá algo a fazer, construir, recuperar e aumentar.

 

O asfalto, por exemplo, tem duração de 40 anos, depois disto deve ser trocado e não recuperado. Mais de dez prefeitos passaram pela administração da cidade, nestes últimos 40 anos,   e não fizeram isto; apenas ações paliativas “os tapa buracos” que  durante os período das chuvas são desfeitos.

 

Nos mais de 80 anos Goiânia convive com problemas de superlotação nos postos de atendimento da saúde, a construção de novas escolas, principalmente CEMEIS, que alguns foram construídos pouco a pouco,  de gestão em gestão,  e ainda existe  uma demanda reprimida imensa. A melhoria, ou solução  de vez,  no transporte coletivo sempre esteve  no plano de governo de todos ex-prefeitos,  e por lá ficaram.

 

Em fim,  nestas mais de  oito décadas,  todos os  prefeitos foram eleitos  com a bandeira da solução definitiva dos  problemas que foram surgindo em decorrência do aumento da população e também das  pessoas que enxergaram em Goiânia uma cidade com uma das melhores em qualidade de vida, oportunidades de negócios e que ainda guarda um pouco da nostalgia.

 

Reiterando, Goiânia se aproxima dos cem anos de fundação e nenhum dos prefeitos, eleitos, nomeados, interventores conseguiram alcançar a aprovação total de seus moradores e nem sanar os problemas  que se apresentaram.

 

O aumento da população, e consequentemente  a expansão urbana, com aumento de bairros e favelas,   e com eles a necessidade da presença do poder público que deveria construir  escolas, hospitais, levar o transporte coletivo, asfaltamento de ruas, construção de praças, parques e outros merecidos benefícios. Ainda há bairros que não foram totalmente asfaltados, não contam com um centro de atendimento a saúde, não tem escolas, praças, lazer entre outras obras.

 

Hoje a capital do estado  é separada dos principais municípios da grande Goiânia por ruas ou poucos metros, que se diga Aparecida de Goiânia, Senador Canedo, Goianira, Trindade entre outros . Por isto ainda é grande o numero de municípios chamados de “dormitórios”, onde se trabalha durante o dia e se regressa no começo da noite.

 

Várias tentativas de amenizar os problemas de Goiânia foram testados, como o “orçamento participativo,” criado pelo ex-prefeito  Pedro Wilson, onde representantes do poder executivo  se reuniam  com moradores dos bairros  para saber qual obra seria feita na região, foi um fiasco. Nas reuniões não se chegava a conclusão para saber qual  obra seria construída, uma vez que cada morador tinha uma demanda.

 

Iris Resende, durante as campanhas para prefeito, prometeu criar 11 subprefeituras para descentralizar e tornar mais ágil a solução dos problemas de cada região. Após eleito, Iris nunca tocou no assunto.

 

Ignorados ou não resolvidos pelos últimos prefeitos, os gargalos são mostrados nos programas de televisão, rádio, jornal e alguns blogs, hoje,  como se tivessem surgidos nos últimos dois anos. E, desta forma, tentam imputar ao Prefeito Rogério Cruz a responsabilidade e também a cobrança para a solução.

 

Nos dois primeiros dois anos frente ao executivo municipal, Rogério Cruz tem feito mais que Iris Rezende fez, nos dois primeiros anos do governo dele,  e não recebeu o bombardeio que Rogério recebe. Muitos deles com o único objetivo, arcaico e com a pretensão de achar que falar mal da administração do Prefeito, pode render alguns anúncios publicitários.

 

É bom que se entenda que o papel da mídia é de cobrar, mas com isenção e sem interesses financeiros. Ronaldo Caiado, governador de Goiás, também tem uma parcela de participação destas cobranças e deveria  colocar a máquina pública estadual trabalhando para resolver algumas questões municipais, mas não o faz e nem por isto é cobrado, haja visto que o governo tem sido generoso com a imprensa e distribuindo “dinheiro” através de campanhas publicitarias do estado.

 

Rogerio Cruz é bem intencionado. Atende a todos os convites dos veículos de comunicação para prestar contas sobre a administração dele.  Não se esquiva de perguntas, seja sobre qual assunto for, não reclama de herança, e tenta, dentro das condições que a maquina publica oferece, resolver problemas pontuais e de maiores prioridades e demandas. Mesmo assim, até por falta de noticias, os veículos de informação insistem em imputar problemas urbanos ao atual prefeito.

 

Há de se intender que Goiânia ainda necessita e muito de novas  obras e da manutenção das existentes. Disto não tenho duvida. Mas acho incoerente a excessivamente e exacerbada  cobrança ao Prefeito Rogerio Cruz, como ele fosse o primeiro prefeito de Goiânia após mais de 80 anos.