CPI da Covid tem: Bolsonaro o bruto, Jorge Kajuru o marqueteiro e Augusto Aras o “engavetador da republica.”

Bolsonaro, o bruto.

Sempre arrogante, prepotente, sem limites Bolsonaro é o principal motivo para a situação que o País vive. Crise na saúde, na economia, desemprego,  mortes por falta de vacinas, por falta de oxigênio, remédios e insumos,  por não acreditar que vacinas  podem salvar vidas.

Depois de perceber que provocou  caos na economia, na  politica e na saúde, o grande capitão, para se livrar de um processo de impedimento de governar, deu posse ao quarto ministro da saúde que mais parece o “Rolando Lero.” Não se posiciona em questões polemicas, fala sobre “condições, situações”  e mais nada. Dizem que ele convenceu Bolsonaro a usar mascaras, quando na verdade foi o próprio presidente que viu alastrar a pandemia e para se eximir de responsabilidades passou a ser politicamente correto na prevenção a covid 19.

Tentou de todas as formas impedir a criação da CPI DA COVID 19, negociando com parlamentares, pedindo que se faça uma CPI mais ampla, investigando também governadores e prefeitos, invocando a CPI da LAVATOGA e mais um monte de coisas para que não seja investigado por sua conduta diante das mais de 350 mil mortes no pais.   

A possibilidade de haver uma CPI no senado federal, onde o governo de Bolsonaro responderia sobre a demora na compra de vacinas e também sobre as mortes no Amazonas e em todo o pais,   por falta de oxigênio definiu de forma didática quem é quem neste processo.

Em primeiro lugar é necessário que se saiba que o congresso nacional não pode propor uma CPI nos estados e municípios, porque a constituição diz que apenas  deputados podem criar uma CPI contra o governadores e que somente vereadores podem fazer o mesmo com prefeitos.  Alastrou-se nas redes sociais que Bolsonaro poderia decretar “Estado de Defesa”,  o que constitucionalmente deveria passar pelo congresso. Mesmo tendo ligação direta com o presidente do senado e câmara dos deputados, Bolsonaro não quer testar o poder financeiro e de apoio ao centrão e outros parlamentares. Mas para o conhecimento de todos sito os envolvidos na CPI DA CIVID:

Antônio Augusto Brandão de Aras, indicado para o cargo de procurador-geral da República, durante sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado

Augusto Aras, o engavetador Geral da república.  

Indicado por Bolsonaro, sem passar pela lista tríplice, Augusto Aras age como um subalterno do presidente e nenhuma denúncia leva adiante. Todos se lembram do pedido de investigação contra Bolsonaro, acusado de interferir no comando da Policia Federal, quando, em uma reunião, Bolsonaro reclamou que não era avisado pela PF sobre os fatos que poderiam comprometer o governo dele.

Na reunião, que disseram que o presidente pedia para não ser surpreendido por ações da oposição e também por desafetos, em uma cobrança direta ao então Ministro da Justiça, Sergio Moro, houve uma abertura de investigação para saber se Bolsonaro tinha ou não a intenção de forçar Moro a cobrar do delegado geral da PF informações privilegiadas.

Também houve o pedido e exoneração por parte de Moro, pelo fato de Bolsonaro mudar o comando da PF sem consultar Moro e ainda usar a assinatura eletrônica do ex-ministro.

Este fato, ocorrido há mais de sete meses, ouviu Moro, vice presidente da república, Amilton Morão e outros. Aras pediu uma investigação subliminar e “engavetou” o processo, tanto assim que não se fala mais sobre o assunto.

Na CPI da pandemia, que depois de todo o processo no congresso nacional, tem grandes chances, para não dizer que também será engavetada, será enviada à Procuradoria Geral da República, onde uma gaveta está a espera. Isto porque o tempo para que se ofereça a denúncia ao STF depende da forma em que o processo será tratado na PGR. Por isto, o que poderia render um Impeachment ao presidente, não parece chamar tanto a atenção de Augusto Aras.

Há de se dizer que Bolsonaro não é o único a ter um procurador geral fiel a ele. Fernando Henrique Cardoso também teve um leal amigo e engavetador na PGR. Geraldo Brindeiro foi um funcionário subalterno que engavetou todos os pedidos de investigações no Governo de FHC.

Desta forma, e também o pedido de Bolsonaro de se fazer uma CPI nos estados e municípios, algo ilegal, apenas tenta-se tirar o foco da investigação por se tornar inconstitucional e oferecer a Augusto Aras subsidio para não se manifestar.

Jorge Kajuru o Marqueteiro

Conheci Jorge Kajuru nos anos 80, quando eu era diretor artístico da Rádio Difusora de Goiânia e Kajuru dono da equipe de futebol da Rádio.

Durante um programa, Kajuru atacou ferozmente Homero Sabino, então presidente do TJGO.  O ataque resultou em uma ação judicial movida por Sabino que pedia reparos e indenização por injuria, calunia e difamação. Kajuru me pediu para ser testemunha dele. Concordei desde que o meu depoimento seria a partir da minha visão do fato.

Para a minha surpresa e decepção, ao iniciar a audiência, Kajuru caiu em prantos, pediu perdão várias vezes para Homero Sabino, dizendo ser bipolar e que tinha respeito pelo presidente do TJ.

Diante da situação, Homero Sabino pediu que o processo fosse arquivado e também perdoou Kajuru pelas ofensas. No dia seguinte, ao iniciar o programa de rádio, Jorge Kajuru disse que “ganhou a ação de Homero Sabino e que ganhará mais todas que vierem.” Assim foi com todos que o processaram, tentava se vitimar, assumindo a postura de bater e depois soprar.  

Outro fato estranho foi o incêndio na sala da contabilidade da TV e Rádio Brasil Central quando disseram que iam fazer uma auditoria nas contas das emissoras. Kajuru, Juca Kifouri,   Galvão Bueno e Datena assumiram totalmente o comando do conglomerado estatal e davam as ordens. Por tanto criticar deputados ligados ao governo, Kajuru, depois de inúmeras advertências, acabou deixando o CERNE e comprando a Rádio Clube que depois virou Rádio K.

Mas Kajuru, igual a todos, tinha medo. Durante as eleições de 2010 Kajuru Chamou Braga, ex-secretário de fazenda de Alcides Rodrigues de “caloteiro” e que tinha que receber R$ 400.000.00 dele. Kajuru postou no TT esta mensagem por volta das 14H00, menos de uma hora depois, outro post de Kajuru dizia que houve um erro. Que a pessoa não era Jorcelino Braga.  

Quando vereador por Goiânia, Kajuru continuou o morde assopra. Vereadores eram “detonados” por Kajuru. Quando procuravam o vereador marqueteiro, ouvia um monte de pedidos de desculpas e justificativas sem fundamentação. Contratou para o gabinete dele o filho de Galvão Bueno que mora no Rio de Janeiro e outras lambanças.

No senado Kajuru também continuou sendo dissimulado. Insultou Gilmar Mendes, e responde um processo por isto. Agora fez o mesmo com o Presidente Bolsonaro: gravou uma conversa onde Bolsonaro faz xingamentos, ameaças e um  monte de palavrões. Estrategicamente, separou trechos da conversa e publicou nas redes sociais.

Quando Bolsonaro cobrou explicações de Kajuru por ter divulgado parte da gravação, Kajuru se desculpou e disse que tinha avisado ao Presidente que iria publicar a gravação. Algo impossível de acreditar. Quem iria falar tanta coisa contra parlamentares, dizer que ia dar “uma surra em um senador” e que “queria resolver o impasse na base da porrada.”

Este é Jorge Kajuru, uma pessoa que pronuncia o próprio nome na terceira pessoa do singular, criando e cultivando um personagem que não merece a confiança e nem a amizade de quem tem caráter e escrúpulos.   

Em resumo: Há tempos CPI´s não apuraram nada, quando chegavam próximo ao poder e a partidos. Mas esta deveria seguir seu rumo e entregar ao procurador geral munição sufiente para fazer com que quem errou e matou milhares de Brasileiros, e vai matar muito mais,  vá para a cadeia e cumpra uma pena capaz de levar para as famílias dos mortos um alento de que a justiça apesar de tudo ainda existe no Brasil.

Não se pode simplesmente homenagear os mortos e nada mais. Tente imaginar o sofrimento de um doente que morre por falta de oxigênio. É um enforcamento sem cordas no pescoço; doentes que estão nos hospitais amarrados para não reagir ao desespero de ter uma intubação sem sedação. Em fim, um horror que este vírus está causando e vai continuar causando muito mais até que se vacine as pessoas. Vacinar o contingente necessário para evitar a continuidade da matança vai levar muito tempo.

Que se apure a responsabilidade do Presidente que preferiu comprar milhões de reais em medicamentos sem nenhuma eficácia contra a Covid 19. Cobrar de Pazuello, ministro biônico principalmente pela falta de oxigênio e de  medicamentos. Obrigar a PGR a fazer o papel para qual foi criada: propor denuncias  contra o parlamento e executivo.

Nunca vamos recuperar as vidas perdidas, mas podemos evitar que outras mais aconteçam. O Brasil está morrendo pela inercia e culpa de quem deveria salvar os brasileiros, que digo: “São pacíficos mas não patéticos.”