Bolsonaro E Gustavo Mendanha, água e óleo!

 

Agua e óleo não se misturam, assim também algumas composições na política. O Prefeito de Aparecida de Goiânia e  pré-candidato ao Governo,  e Bolsonaro são assim. Totalmente antagônicos e sem nenhuma ligação  politica. Mas tudo caminha para que o Prefeito de Aparecida de Goiânia, reme rumo a uma aliança, mesmo impensável, com o Presidente Bolsonaro.

Mesmo bicudos, o primeiro encontro entre os dois não poderia ter tido  uma interlocutora pior, a Deputada Magda Mofato. Muito mais da extrema direita que o próprio presidente. No encontro os Mendanha e Bolsonaro conversaram muito e até passeio de helicóptero de Mofato teve.

Mas por quê Gustavo Mendanha trilharia caminhos  desconexos e sem nenhuma ideologia partidária. Enquanto Bolsonaro negou a vacina, Mendanha foi o prefeito que mais vacinou pessoas contra a covid 19. Mendanha faz uma administração assistencialista e Bolsonaro negacionista.

 

Toda a logica indicaria uma aproximação de Mendanha ao PT de Lula, onde tem projetos parecidos. Mesmo que não houvesse a aliança com o PT, hoje tendo O ex-reitor Wolmir Amado, poderia até ser uma chapa mais competitiva.

Talvez Gustavo Mendanha esteja de olho no eleitorado de Bolsonaro e na capacidade de o Presidente transferir votos. Mas a pergunta é como Bolsonaro chegará na reta final da disputa com tantos desgastes que tem sofrido.

Outro fator altamente comprometedor para a campanha de Gustavo/Bolsonaro é a altíssima rejeição que o presidente tem.  Na ultima pesquisa feita em nível nacional, o Presidente amarga uma rejeição de mais de 65%, ou seja, a rejeição de Bolsonaro é maior que a soma de todos os pré-candidatos, até de  Lula.

Mudar o quadro de rejeição é o desafio de Bolsonaro nestes poucos meses que antecedem as eleições.  E é pouco provável que consiga, mesmo com projetos sociais. Mas o maior adversário de Bolsonaro é a boca do presidente que é acionada sem ligar o cérebro, assim, complica-se sempre.

Ao lado de Bolsonaro existe o “centrão”  corrente  fisiologista e que comanda o congresso na base do “é dando que se recebe.”  Mendanha terá que explicar estas e outras posturas da aliança, como defender o presidente na obsessão de que medicamentos ineficientes podem prevenir a covid 19, a duvida sobre licitude da urna eletrônica, um governo engessado, com poucas obras e muitas criticas.

A pesquisa realizada pelo grupo Serpes, para a eleição de Governador e Senador por Goiás, surpreendentemente mostra Marconi Perillo a frente de Gustavo, quando outras pesquisas encomendadas por partidos, pesquisas que o Jornal Argumento teve acesso, o placar era diferente. Em algumas, Mendanha chegou a liderar, mas hoje amarga um terceiro lugar e ladeira abaixo. Marconi Perillo, na segunda colocação, e liderando a disputa pela vaga ao senado,  O pré-candidato do PT Wolmir Amado foi a grande surpresa: mesmo sem fazer campanha,  aparece com chances de crescer por ter pequena  rejeição e também pela ligação com o ex-presidente Lula.

 

A de se reconhecer a grande capacidade de Lula em transferir votos. Isto posto a campanha de Adad para prefeitura de São Paulo.  Adad foi uma aposta pessoal de Lulla e venceu grandes opositores.  Historicamente, em todas as eleições municipais e estaduais em Goiás, o PT sempre manteve uma fiel votação de 18%.

Tantas dificuldades surgiram pela falta de articulação de Gustavo Mendanha, que apoiadores próximos, já vislumbram a desistência da campanha para  ganhar mais musculatura,  maturidade ao ponto de negociar com partidos,  com grande antecedência. Não ir nem para o segundo turno com Caiado, deixará Mendanha no mínimo três anos sem mandato. É muito tempo  para um estreante na carreira politica.

E enquanto partidos tentam fechar acordos, alianças e alguma forma de se tornar competitivo, Caiado, com aliança fechada do o MDB de  Daniel Vilella, em primeiro lugar em todas as pesquisas, tem tranquilidade para fechar mais acordos e se consolidar no segundo turno, bem a frente dos demais.