Paulo Guedes, de super ministro ao ostracismo.

Uma coisa não se pode contestar, comentarista financeiro  não entende nada, apenas dão palpites. Isto posto, vejamos como exemplo Mailson da Nobrega, ministro da fazenda de Sarney que permitiu que a inflação chegasse a mais de 1.000% ao ano, e hoje é comentarista financeiro . A ministra de Collor Zélia Cardoso que  confiscou todo o dinheiro do brasileiro,  permitindo sacar apenas R$ 50 mil das contas, também dá palpites  vez em quando.

Paulo Guedes quando anunciado Ministro da Economia do governo de Bolsonaro, houve uma unanimidade: “Bolsonaro conseguiu levar para o seu time, o melhor economista do Brasil.” E foi assim no começo. Guedes era requisitado para entrevistas em todas as emissoras, foi o número um de Bolsonaro por um tempo. Mas como no governo de Bolsonaro ninguém podia brilhar mais que ele, que diga o ministro da saúde, Mandeta, pouco a pouco o Presidente foi desgastando a imagem e tirando o poder de Paulo Guedes, inclusive desautorizando-o publicamente, por várias vezes, e não convidando Guedes para reuniões do governo  sobre economia.

 

Perdendo a cada dia mais poder, Guedes ainda tentava se manter no governo, mesmo que sendo um “bibelô de luxo.” Paulo Guedes ensaiou enviar para Câmara dos Deputados algumas reformas que nem discutidas foram.  O Parlamento virou as costas para Guedes e passou a tratar diretamente com o Presidente assuntos financeiros. Inclusive, a advertência de Guedes que o estouro do teto, poderia levar graves problemas à Bolsonaro, entre eles, as pedaladas que tiraram Dilma do Governo, mas não foi ouvido e nem consultado. Membros da equipe do ministério da Economia pediram demissão em massa, por não aceitarem a figura de espectadores do rumo da economia.

Bolsonaro assumiu a questão fiscal do governo e passou a discutir muito mais com Lira, Presidente da Câmara, do que com Paulo Guedes. Assim foi o auxílio brasil, que Guedes indicou o valor máximo de R$ 250,00, mas a Câmara dos Deputados, através da intervenção do Presidente Lira elevou para R$ 400,00, um forte golpe ao status de Paulo Guedes e depois para R$ 600,00.

O restante da administração de Paulo Guedes foi tímida e humilhante, muito mais preocupado em ser exonerado. Quando chamado, repetia as falas de Bolsonaro e foi aos poucos sumindo da mídia. Na transição do governo, não se falava em Paulo Guedes.

 

Eu esperava que Paulo Guedes, que acertou na solução dos problemas financeiros do Brasil: fazer reformas, mas não conseguiu; deverá mergulhar no anonimato para daqui há um tempo se tornar mais um economista que tem a receita mas não sabe usa-la para resolver o problema do Brasil.