O que mais poderiam esperar de Bolsonaro?

Foto internet

A maioria do povo brasileiro ainda não aprendeu a votar. Se deixam levar por pesquisas, promessas que nunca serão cumpridas, mentiras, bravatas e outras imbecilidades que elegem um presidente.  Mas um fato é real, se  o Enéas estivesse vivo,  seria ele o nosso presidente.

Enéas nunca se envolveu em crimes, nunca foi investigado. Era um médico que, com um discurso radical, assustava o eleitor. Porém no cansaço de errar tanto,  certamente o desleixo, a corrupção, o fisiologismo e mais um monte de barbáries era o ambiente perfeito para um radical, ortodoxo e que se apresentava na TV em 30 segundos com denúncias e logo depois o jargão “meu nome é Enéas.” Como não tínhamos  um Enéas, elegeu-se  um Presidente da mais baixa categoria no congresso, chamado baixo clero, aqueles que a imprensa, parlamentares e o poder ignoram.

E porque todo este estardalhaço? Afinal a democracia as vezes levam a situações iguais a esta. Se alguém fosse investigar a vida de Bolsonaro saberia que ele não representava nada na câmara dos deputados.

Já por outro lado, protestos nas ruas pediam a volta dos estrelados. E todo mundo queria a volta dos militares,  e eles estão no poder, para dar guarida ao Sargento Presidente. Só no regime  da exceção tantos “medalhados”  compunham os ministérios e os palácios.

Agora os militares também não estão resolvendo nada. Ao contrario  estão se digladiando e até as patentes não são respeitadas. São coronéis em confronto com generais. São sargentos atacando capitães. Ou seja, a volta dos militares piorou o Brasil. E com diz  a lei de Murphy, nada está tão ruim que não possa piorar mais . E assim chegamos ao quinto mês de Bolsonaro presidente e nenhuma ação, nenhuma novidade trouxe. Até a reforma administrativa que deve ser votada com urgente, porque no dia 2 de junho ela perde a o poder, e tudo voltará ficar como quando Bolsonaro assumiu o governo. O tão balado e endeusado ministro da economia Paulo Guedes se perdeu no glamour e na vaidade do poder. Diz apenas que se votar a Reforma da Previdência o brasil economizara em dez anos 1 trilhão de reais.  Aí vem o Presidente e fala em 800 bilhões de reais. E fica a pergunta: como um governo sem um estadista poderá prever o que acontecerá nestes dez anos?

E sempre que um tema incomoda o Palacio, surge uma polemica que nada tem a ver com a governabilidade. Depois da direta de Rodrigo Maia de que se o governo não trabalhar não passará a reforma da previdência. Da mochila do exercito nosso sargento diz que liberou fuzis para o cidadão. Pronto, todo mundo esquece as dificuldades e começa a debater como será o Pais “Fuzilado.” Já no mesmo dia no período da tarde, diz que não liberou.

Muito parecido com o Governo de Maduro na Venezuela, Nosso presidente, acredita ainda que consegue formar multidões para ouvi-lo e programa para domingo 26/05 uma manifestação de quem o apoia no governo. Mas que imbecilidade é esta? Um governante pedindo para que o povo vá para a rua apoiá-lo? Só mesmo um despreparado seria capaz de cometer tal medida insana. Quem mobiliza a população em passeatas são membros da oposição.

Acredito que será dia de folga para todos os membros das forças armadas e obrigados a ir para este manifesto. E com vários motivos para protestar como  fechamento do congresso, do STF  algo típico de povo brasileiro. Mal sabem o que pode acontecer. Não temos os melhores parlamentares do mundo, mas fechar o congresso é um ato de ditadura.

Mas o que acontecerá se a mobilização for um fiasco? O risco de confrontos entre quem apóia e quem reprova Bolsonaro? Congressistas estarão de olho nesta mobilização também que, caso o governo não consiga ocupar as vias publicas das cidades,  perderá o apoio popular e terá que fazer negociatas com os membros do congresso que estão famintos. Os  513 deputados federais mais os 81 senadores custam ao povo brasileiro mais de 2 bilhões de reais por ano, mas isto não é o suficiente, são praticantes da política da lei de Gerson, ex-jogador de futebol, quando disse que “o importante é levar vantagem!”

O congresso que   foi o “amigo” de Temer e  o  “inimigo” de Dilma, está mais perdido ainda. O presidente da câmara federal teme colocar temas polêmicos para votação e os deputados e senadores votarem a favor do Governo; Um pensamento tão amador, porque até hoje todos os projetos do governo foram reprovados. Certamente o decreto dos Fuzis também vai ser derrubado e qualquer outro$ sem não houver o “Me ajuda que eu te Ajudo.”

Rodrigo Maia se posta de bom moço mas na verdade é  o interlocutor dos deputados com Bolsonaro.   Varias vezes Maia se confrontou com Bolsonaro, sempre dizendo que o Governo precisa de um interlocutor presente no legislativo, e que sem este apoio não consegue nada aprovar. Esta atitude afeta direto o Sargento Presidente que diz que o legislativo tem que dar uma satisfação para a sociedade. Logo depois, Bolsonaro diz que não disse.

Confesso que a cada dia cresce mais o meu temor pelo futuro do Brasil, que elegeu um militar que só pensa em guerra, diferente de FHC um diplomata e Lula um egresso dos movimentos sociais e sindicais com experiência de manter ao lado dele as mais temidas forças.

Fico ainda mais temente quando as atitudes provocadoras da família Bolsonaro atinge outros poderes, como  aquela fala imbecil e totalmente fora do contexto de  um dos Filhos  do Sargento Presidente  afirmando que “para fechar o STF basta apenas um cabo e sargento.”

Não creio que Bolsonaro irá se render ao apetite dos parlamentares que já começam a juntar elementos para uma reação mais forte.

A conclusão que chego, posso estar errado, é a de que nunca escolhemos um Presidente tão sem poder. Que se blinda de militares, da mesma forma que o Presidente Venezuela fez. Na Venezuela existe a democracia que Maduro permite. Será que assim será no Brasil?

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